A tempestade de areia que atingiu o circuito do Bahrein limitou os testes que Ferrari, BMW e Toyota programaram para esta semana, mas o imprevisto não tira a confiança do brasileiro Felipe Massa. Depois de andar com o novo modelo F60 durante dois dias, o piloto cedeu lugar ao companheiro de equipe Kimi Raikkonen, que vai conduzir as atividades da Ferrari no Oriente Médio até a próxima sexta-feira. Mesmo tendo perdido tempo de pista, Massa saiu bem satisfeito com a evolução do novo carro.
"Perdemos muita quilometragem, mas estou feliz com o andamento dos testes. Estou satisfeito com as reações do carro, com o trabalho de acerto, os tempos consistentes e a confiabilidade. Acho que estamos na direção certa, mas ainda há muito o que fazer. O mau tempo aqui no Bahrein foi uma surpresa. Quando você perde um dia de testes, é um pouco frustrante", disse o brasileiro, que completou 115 voltas no acumulado de terça e quarta-feira.
Massa fez uma breve comparação sobre o desempenho da Ferrari em relação a BMW e Toyota, e falou também sobre o andamento dos testes com o dispositivo KERS. "Não usamos o KERS e andamos no ritmo dos outros, o que é bem positivo. O dispositivo estava conectado no carro, mas desligado. Tivemos um problema num pequeno software no início do dia e trocar o KERS demora bastante tempo. Como não queríamos desperdiçar a oportunidade de testar, optamos por não usar o KERS", explicou.
O piloto brasileiro admitiu preocupação com a turbulência econômica que afeta a Fórmula 1. "A crise não é boa para o esporte e nem para ninguém. É importante que as equipes tenham um melhor relacionamento e encontrem maneiras de gastar menos. Assim, há mais possibilidade de surgir uma nova equipe. Precisamos esperar para ver como o campeonato vai começar, se será mesmo com 18
carros. Não tenho certeza disso porque ouvi de muita gente que a antiga Honda vai correr. Mas a crise preocupa, por tudo".
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