sábado, 28 de fevereiro de 2009

Rubinho leva vantagem sobre Senna na disputa por uma vaga na "nova Honda"

Experiência pode fazer a diferença a favor do veterano (Foto: Honda Racing F1)

Considerado o azarão na briga por uma vaga na "nova Honda", Rubens Barrichello virou o jogo e agora é o favorito para ganhar uma chance na equipe caso a escuderia confirme a permanência no grid da Fórmula 1. De acordo com o jornal suíço Blick, Rubinho é o nome preferido do chefe de equipe Ross Brawn, que deve assumir o controle da Honda através de um processo chamado de "management buyout". As informações ainda não são confirmadas por nenhuma fonte oficial.

Segundo a reportagem, Rubinho deve fazer dupla com o inglês Jenson Button, que aceitou uma redução de salário para continuar com a equipe. Por sua vez, o destino do novato Bruno Senna pode ser o Campeonato Alemão de Turismo, também conhecido como DTM. O jornal Blick garantiu que Senna já acertou sua transferência para o campeonato, enquanto a revista SpeedWeek revelou que há negociações entre o piloto brasileiro e o diretor de competições da Mercedes, Norbert Haug.

"Sim, estamos em contato, mas ainda não dá para saber se vamos chegar a algum acordo", disse Haug à SpeedWeek. De acordo com a revista Motorsport Total, Senna assinaria como titular da Mercedes no DTM e também deve acertar para ser o novo piloto de testes da "nova Honda". A escuderia, vale lembrar, será equipada com motores Mercedes caso consigo permanecer na Fórmula 1 neste ano.

Equipe está próxima da salvação

Ainda segundo o jornal Blick, o processo de management buyout está próximo de ser concluído e a equipe já se prepara para ir a testes na semana que vem. A expectativa é que Jenson Button comande um "shakedown" do novo carro em Silverstone. Além disso, a equipe também estaria programando duas baterias de testes em circuitos espanhóis, onde Rubens Barrichello também marcaria presença.

O nome da equipe ainda não está definido. De acordo com o Blick, a Honda vai correr com o nome "Brackley F1", em alusão à cidade onde fica a fábrica da escuderia. Por sua vez, o site Globoesporte.com afirma que o time pode ser chamado de "Brawn Racing". Já o site da revista Autosport garante que o processo de management buyout parece muito próximo de ser concluído, mas um anúncio oficial ainda deve demorar pelo menos mais uma semana.

Green

A Bridgestone confirmou a linha verde na lateral dos slicks para diferenciar os pneus mais macios de cada GP.
O diretor da fornecedora, Hirohide Hamashima, também confirmou que haverá uma disparidade maior no desempenho entre compostos distintos - sendo eles macios, super macios, médios e duros.
"Os compostos não vão ser distintos apenas em termos de dureza, mas também quanto à amplitude da performance. Tentamos fazer com que um pneu se aqueça mais rápido e que proporcione uma volta rápida imediatamente, e queremos que o outro não possibilite um giro rápido imediato, mas que tenha um desempenho mais constante e durável quando atingir a temperatura ideal".
Já que é para provocar ultrapassagens atráves de uma regra tão artificial, então a mudança é bem vinda. Desde que não cause uma uniformidade de estratégias em todo o grid, é bem possível que funcione.

Force India se adianta e apresenta novo carro um dia antes do programado

Novo VJM2 já passou por um "shakedown" no circuito de Silverstone (Foto: Force India F1 Team)

Depois de anunciar a apresentação oficial de seu novo carro para este domingo, a Force India se adiantou e divulgou as primeiras fotos do modelo VJM2 neste sábado. Projetado pelos engenheiros Mark Smith e James Key, o bólido do time indiano já foi à pista para um "shakedown" comandado pelo alemão Adrian Sutil em Silverstone e será testado ao longo da próxima semana em Barcelona.

Em comparação ao carro do ano passado, o VJM2 apresenta uma pintura bastante diferente, deixando de lado os tons de dourado para assumir de vez as cores da bandeira indiana. Visualmente, o modelo não apresenta grandes inovações, com um desenho limpo e semelhante ao do carro da McLaren.

O desenvolvimento do modelo foi atrasado por causa da parceria firmada no fim do ano passado entre Force India e McLaren, que forçou os projetistas a refazerem parte do desenho do VJM2. O objetivo da equipe era preparar o bólido para os testes em Barcelona e Jerez. O cronograma foi cumprido, apesar de certa correria. Equipado com câmbio e KERS da McLaren, o novo carro da Force India será empurrado por motores Mercedes.

Dono sonha em marcar pontos regularmente

Integrante da lista dos mil homens mais ricos do mundo, o bilionário Vijay Mallya comprou a Force India com o sonho de tornar a equipe vencedora num prazo de três anos. A temporada de estreia da escuderia foi frustrante e o time não marcou nenhum ponto. Apesar disso, Mallya confia que a parceria com a McLaren vai transformar a sorte da equipe, que mais uma vez terá o italiano Giancarlo Fisichella e o alemão Adrian Sutil como titulares.

"Do meu ponto de vista, vencer corridas é algo com o qual posso sonhar em 2010, mas em 2009 ficaria feliz de marcar pontos regularmente. Isso já seria um grande passo à frente", disse Mallya em novembro passado, por ocasião do anúncio da parceria entre Force India e McLaren.

Logo abaixo, confira fotos do novo carro em estúdio e também durante o "shakedown" em Silverstone:




quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

MEMÓRIA: Cinco memoráveis corridas da Fórmula 1 nos anos 60

5. Alemanha/1968 - A obra-prima de Stewart
Taxado de "covarde" em virtude da sua cruzada por mais segurança nas pistas, Jackie Stewart provou que era um piloto realmente corajoso no GP da Alemanha de 1968. Disputada em meio à forte neblina no perigoso circuito de Nurburgring, a corrida foi um show particular do escocês, que assumiu a liderança na primeira volta e literalmente sumiu na liderança. No fim da prova, Stewart recebeu a bandeirada com quatro minutos de vantagem sobre o segundo colocado Graham Hill, que não chegou nem perto de ameaçar o triunfo do escocês.

4. México/1964 - Surtees é campeão na última volta
Jim Clark, Graham Hill e John Surtees tinham alguma chance de título na última corrida de 1964, o GP do México. Favorito, Hill saiu da disputa ao se chocar com o companheiro de Surtees na Ferrari, Lorenzo Bandini. Disparado na liderança, Clark parecia rumo ao bicampeonato, mas quebrou na última volta. Surtees era o terceiro, só que precisava ser o segundo para levar o troféu. Um mecânico da Ferrari correu de forma desesperada para a pista e Bandini, que estava na segunda posição, teve o bom senso de entender a sinalização. Ele estacionou o carro e Surtees foi campeão.

3. Itália/1969 - Stewart vence na linha de chegada
Numa das chegadas mais apertadas da história da Fórmula 1, Jackie Stewart superou Jochen Rindt por apenas alguns centímetros na última volta do GP da Itália de 1969. O francês Jean Pierre Beltoise tomiu a liderança na curva Parabólica, que leva à linha de chegada, mas perdeu tempo na saída do cotovelo e foi ultrapassado por Stewart e Rindt. O austríaco sai ucom mais velocidade, porém Stewart conseguiu manter uma pequena vantagem e venceu por apenas oito centésimos.

2. Mônaco/1961 - Moss derrota Ginther em duelo espetacular
Correndo com uma Lotus nitidamente inferior, Stirling Moss fez a corrida de sua vida para vencer o GP de Mônaco de 1961. Nas últimas vinte voltas, ele travou um duelo emocionante com o americano Richie Ginther, da Ferrari, que vinha diminuindo a vantagem. Entretanto, Moss acelerou e quebrou o recorde da volta, andando num ritmo de treino classificatório. Na chegada, ele recebeu a bandeirada com três segundos e meio de vantagem para Ginther.

1. Itália/1967 - O show de Clark e o duelo de Surtees e Brabham
Depois de ter um pneu furado no início, Jim Clark ficou uma volta atrás dos líderes. Numa recuperação espetacular, o escocês foi passando todos os adversários e assumiu a ponta a poucos giros da bandeirada. Mas não era para ser: na última volta, o carro de Clark começa a ficar para trás, sem gasolina. Jack Brabham e John Surtees duelam pelo triunfo nos metros finais e o australiano faz a ultrapassagem na curva Parabolica. Logo depois, porém, Surtees se recupera e bate Brabham na linha de chegada por apenas alguns metros.

MEMÓRIA: Mônaco, 1984, Senna ia quebrar

O Grande Prêmio de Mônaco de 1984 foi uma das maiores loterias da história. Foi também a corrida em que Ayrton Senna convenceu ao Brasil e ao Mundo que era realmente um piloto especial. Era sua primeira vez no circuito do qual se tornaria o maior vencedor da história, anos depois. Classificou-se em 13º no grid e na largada já pulou para a nona posição. As condições do clima eram realmente péssimas no Principado e vários pilotos abandonaram após escaparem no piso molhado. Um dos lances mais divertidos ocorreu com Niki Lauda: na 23a volta, o austríaco rodopiou na freada da curva do Cassino e sua McLaren estacionou exatamente junto à guia, em frente às escadarias que dão acesso ao saguão do luxuoso Hotel de Paris. Só faltou Lauda descer do cockpit de sobretudo, chapéu e um cachimbo para uma cena surrealista, típica dos filmes da Jacques Tati.
Alheio à comédia dos outros, Senna ia ganhando suas posições e se aproximava perigosamente do líder Alain Prost, quando a corrida foi interrompida. Pelo ritmo do brasileiro, a ultrapassagem era questão de uma ou duas voltas. A decisão do diretor de prova, o belga Jacky Ickx, gerou muita controvérsia. Me lembro até hoje da manchete da Folha de S. Paulo no dia seguinte: “Patriotada francesa tira vitória de Senna”. Ironicamente, Prost acabou perdendo o título mundial daquele ano por meio ponto. Tivesse o GP de Mônaco durado mais sete voltas antes da bandeira vermelha, a pontuação distribuída seria completa. O francês teria chegado em segundo lugar e seria o campeão da temporada.

A teoria conspiratória contra Senna, adivinhem, virou verdade absoluta para a maioria de seus fãs. Afinal, uma vitória de Prost em Mônaco seria motivo de festa na França. Imagine só se ele saísse humilhado por um semi-desconhecido de uma equipe com poucos recursos. O próprio piloto gesticulou pedindo o fim da corrida, pouco antes da bandeira vermelha ser acionada. Sem falar no fato de Ickx ser contratado na época pela Porsche, justamente a fornecedora de motores da McLaren. Que canalhice, né?

Não é. Os números mostram que a decisão de Ickx foi mais do que acertada. Duas voltas antes da interrupção, a chuva, que era forte, apertou ainda mais. Nestas passagens, todos os pilotos, sem exceção, marcaram tempos cinco segundos acima do que registraram nas voltas anteriores. No site Atlas F1, um membro da cruz vermelha monegasca, que atuou na corrida, afirmou ter conversado depois com figuras importantes da organização do evento. Segundo eles, a decisão de parar a prova já surgiu na volta 20 e ficou inadiável quando começou a cair mais água. “É preferível parar a corrida uma volta cedo demais do que uma volta tarde demais", disse Ickx.

Na minha opinião, a interrupção daquele GP de Mônaco na 31a volta foi a melhor coisa que podia ter ocorrido a Ayrton Senna. Seu cartão de visitas estava dado e admirado. Mas, se a prova continuasse, seu desempenho seria ofuscado pelo do alemão Stefan Bellof. Vejamos: nas quatro voltas anteriores ao final antecipado, aquelas em que Senna decepava sua desvantagem para Prost, Bellof descontou 3s5 em relação a Senna, quase um segundo por volta. Neste ritmo, o alemão chegaria no brasileiro em questão de 20 voltas (ou por volta da 50a das 78 previstas). E, conhecendo os dois, não haveria a chance de uma ultrapassagem ser negociada, em especial naquelas condições: ia ser batida na certa. Será que Jacky Ickx não anteviu esta possibilidade?

Mas há outro elemento que confirma de forma contundente a sorte de Ayrton Senna. Após a corrida, o mecânico da Toleman John Walton procurou seu colega Nigel Steer, da Tyrrell, para lhe informar que Bellof seria o provável vencedor da corrida. Em uma das passagens pela chicane após a túnel, quando perseguia Keke Rosberg, Senna havia danificado bastante sua suspensão dianteira direita – para quem não lembra, a TV mostrou claramente o momento em que o brasileiro sacudiu seu Toleman ao passar sobre a zebra. Segundo Walton, era questão de voltas para que a suspensão cedesse. A história está documentada em uma biografia de Ken Tyrrell, escrita por Maurice Hamilton.

Como Prost também enfrentava problemas, com os freios, seria Bellof quem brilharia ao assumir a liderança e, provavelmente, vencer a prova. Mesmo com a equipe tendo seus resultados desconsiderados posteriormente (correu a maior parte do ano com o carro abaixo do peso), na hora seria a consagração de um novato cheio de talento e ótimo na chuva. Mas este novato não seria Senna. O primeiro grande show do brasileiro terminaria ofuscado pela performance do alemão. Sem falar no risco de acidente quando a suspensão quebrasse de vez. Já imaginou se fosse na saída do túnel? Karl Wendlinger, lembram?

Desta forma, acredito que Senna deu uma sorte tremenda com a decisão de Ickx em interromper a prova. Saiu consagrado como o mais promissor talento da nova geração e principal nome para o futuro da categoria. Bellof não teve a mesma chance. A ironia macabra: o alemão morreu em Spa-Francorchamps no ano seguinte, negociando uma ultrapassagem justamente sobre Ickx.

Barrichello na USF1?


A USF1 não será tão rigorosamente americana. Peter Windsor revelou a necessidade de um piloto experiente para captar o máximo de informações num curto intervalo de tempo, sobretudo sob o atual contexto de escassez de testes na categoria.
"Encontrar o veterano certo não é tão fácil quanto parece. Alguém que traga muita experiência e um currículo de sucesso pode ser difícil de trabalhar conosco, porque suas expectativas seriam maiores que as nossas. Então, precisamos ter o tipo certo de piloto com o tipo certo de temperamento".
"No caso de Rubens, seria bom, porque ele teve dois anos ruins na Honda e seria uma base muito útil para as nossas atividades. Ele é praticamente a única opção para o cargo de piloto experiente".
Segundo ele, a possibilidade de Jenson Button ser contratado pela USF1 é bem menor: "Você não pode imaginá-lo num time novato, pilotando 100%, sabendo que o máximo que pode se qualificar é um 14ª lugar - o que seria um bom resultado para nós - e talvez décimo colocado na corrida em um bom dia. Jenson quereria mais do que isso e seria difícil trabalhar com alguém assim".
Curioso notar nas palavras de Windsor a baixa expectativa de pontos para o ano de estréia. 2010 pode sim ser marcado por um duelo entre USA e Índia do meio para trás.
No que tange aos pilotos, a idéia é colocar, em um dos cockpits, um competidor experiente e com poucas expectativas de resultado; enquanto um(a) jovem americano(a) estrearia no carro ao lado.
Barrichello se encaixaria muito bem no perfil de test-driver que corre no domingo. Mais do que isso, tem distinta bagagem como o piloto engajado e perseverante, trabalhando num time que torce para seu companheiro de equipe. Windsor, porém, deverá mudar de idéia assim que se lembrar da idade avançada de Rubens, juntamente com uma temporada inteira de afastamento da categoria. Na F-1, um ano sem correr vale por uma década.

Honda de volta à pista

O Autosport pode jurar que a Honda colocará seus carros na pista dentro de alguns dias. Com ou sem comprador, a escuderia estuda treinar em Jerez na primeira semana de março, ou nos testes coletivos de Barcelona, na semana seguinte. A terceira hipótese indica ensaios realizados na Inglaterra antes de adentrar ao continente.
Só não esclareceu se o Button guiará no estilo dos Flinstones ou haverá um motor a explosão para ajudar a mover a carroça.

Esse não é o único boato. O site reafirmou que Ross Brawn deve assumir o controle da equipe com o apoio de uma série de investimentos. Os rumores não param.
Edit: O site PitPass completou o boato garantindo que a Honda treinará com motores Mercedes. Talvez em breve a parceria seja ratificada oficialmente. A ver.

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Dirigentes apresentam USF1 e equipe se prepara para estrear na F-1 em 2010

Equipe chega para reaproximar os Estados Unidos e a Fórmula 1 (Foto: Toyota F1 World)

Agora é oficial: os Estados Unidos vão ter uma equipe na Fórmula 1 em 2010. Nesta terça-feira, o jornalista Peter Windsor e o engenheiro Ken Anderson anunciaram oficialmente os planos da nova equipe USF1 em entrevista ao Speed Channel e confirmaram que o time vai estrear na categoria no ano que vem. De acordo com Windsor, a crise econômica não será um obstáculo para a nova escuderia.

"Nós temos o orçamento para levar o projeto adiante e a recessão até nos ajudou de certa maneira. Para aqueles que perguntam 'onde está o dinheiro?' ou 'onde está a grande fábrica da USF1?', eu respondo que a nossa equipe será diferente. Temos uma postura diferenciada e que só com o passar do tempo ficará mais clara. Não existe um livro sobre como ser dono de equipe na Fórmula 1. Vamos fazer as coisas do nosso jeito", disse Windsor.

A base da nova USF1 vai ficar no estado da Carolina do Norte, perto da cidade de Charlotte. Para Ken Anderson, o fato de a equipe ser baseada fora da Europa não será uma desvantagem. "Muito da tecnologia da Fórmula 1 vem dos Estados Unidos. Como metade das corridas não será mais na Europa, há menos razões para se basear lá. O custo de ficar nos Estados Unidos é significativamente mais barato e há muita gente boa aqui. A logística é até simples", garantiu Anderson.

Motores e pilotos indefinidos

Por enquanto, a USF1 ainda não tem acordo firmado com nenhuma montadora para receber fornecimento de motores. "Vamos enviar propostas a todas elas. Queremos avisá-las de que estamos aqui", disse Ken Anderson". "Temos um cronograma para decisões como essa. São coisas que a equipe precisa fazer de qualquer maneira. Mas não acho que teremos muita dificuldade. Temos um orçamento e vamos usá-lo da melhor forma possível", completou Peter Windsor.

Embora a USF1 seja uma equipe dedicada a promover a Fórmula 1 nos Estados Unidos, o time pode ter pilotos estrangeiros. "Talvez a equipe contrate alguém experiente para a nossa primeira temporada e esse piloto, por definição, não precisa ser americano. Essa possibilidade é pequena, mas existe", disse Windsor. Apesar disso, o jornalista ressaltou que os pilotos americanos terão prioridade. "Todos aqueles que têm potencial para correr na F-1 estão na nossa lista. Danica Patrick é um nome que vamos observar. Ela tem talento", afirmou.

Além de Danica, outros pilotos cogitados são Scott Speed, A.J. Allmendinger, Conor Daly e também uma das maiores estrelas da Nascar, Kyle Busch.

Raikkonen diz que está focado no título e prefere esquecer temporada passada

Finlandês afirmou que não adianta tentar entender o que deu errado no ano passado (Foto: Ferrari Media Center)

Em entrevista ao jornal italiano Corriere della Sera, o finlandês Kimi Raikkonen fez um primeiro balanço sobre os testes de pré-temporada e voltou a afirmar que já superou o desempenho ruim que teve no ano passado. Para Raikkonen, a má fase que ele enfrentou no campeonato de 2008 foi superada e o importante é manter a concentração na temporada que está para começar.

"Você sempre aprende com os erros, mas eu não estou particularmente interessado em entender o que aconteceu no ano passado. Não posso mudar como foi minha temporada. Estou feliz em falar sobre o que podemos fazer no próximo campeonato. Vou tentar apenas dar o meu máximo. Todos sabemos do que somos capazes e nosso objetivo é conquistar o título. Quero fazer bons testes e ter um início forte nas primeiras corridas", disse Raikkonen.

Ao comentar o desempenho das equipes rivais, o finlandês garantiu que não está preocupado com comparações no momento. "Não tenho ideia de como as outras escuderias estão trabalhando. Até agora, os tempos de voltas têm sido parecidos, mas cada equipe faz uma coisa diferentes. Não estou preocupado e nem interessado nos outros. Vamos pensar em nós mesmos", afirmou.

Além disso tudo, Raikkonen voltou a declarar que vai encerrar sua carreira na Ferrari. "O que está certo é que a Ferrari será minha última equipe. Se vou me aposentar em 2010? Vamos ver o que acontece até lá".

Ferrari avalia "pirulito eletrônico"

Após ser abandonado no ano passado por causar um problema no reabastecimento de Felipe Massa no GP da Cingapura, o "pirulito eletrônico" da Ferrari deve retornar nesta temporada. De acordo com o site F1-Live, o dispositivo foi aprimorado pelos técnicos da escuderia italiana e vem sendo testado nesta pré-temporada. Agora, o sinal verde que libera o piloto só acende depois que a mangueira já foi desacoplada do carro, evitando incidentes como o de Massa na corrida de Cingapura.

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

Honda diz que não há "comprador sério" e equipe fica mais perto de fechar

Montadora afirmou que nenhuma propostas agradou o suficiente (Foto: Honda Racing F1)

As esperanças da Honda de sobreviver e continuar na Fórmula 1 sofreram um forte baque nesta segunda-feira. Em entrevista coletiva em Tóquio, o atual CEO da montadora japonesa, Takeo Fukui, tratou de esfriar o otimismo sobre a possibilidade de venda da equipe e afirmou que as negociações estão complicadas.

"Há várias ofertas para o time, mas ainda não encontramos nenhum comprador em potencial sério. O processo de venda tem sido difícil", disse Fukui, em declaração reproduzida pela agência Reuters. Além disso, o dirigente também confirmou que vai se aposentar e deixar o cargo em junho para ser substituído por Takanobu Ito, numa mudança que não deve influenciar muito na decisão sobre o destino da equipe de Fórmula 1.

De acordo com a imprensa europeia, esta segunda-feira era o prazo final dado pela Mercedes para que a Honda garantisse fundos para ganhar um contrato de fornecimento de motores durante uma temporada inteira. Entretanto, os dirigentes do time mantêm silêncio e evitam comentar sobre o destino da equipe. Na semana passada, uma porta-voz se limitou a afirmar que a Honda F1 se mantinha "otimista" sobre a chance de permanecer na categoria.

"Management buyout" ainda é possibilidade mais forte

Segundo o site Grand Prix, a Honda vai decidir o futuro de sua escuderia na Fórmula 1 nos próximos dias. Para a montadora, o preço de fechar a equipe e arcar com as demissões é quase o mesmo de mantê-la por mais uma temporada, com o comando passado para Nick Fry e Ross Brawn. Neste caso, os dirigentes realizaram um processo chamado de "management buyout" e ganhariam o controle da equipe, tendo a função de encontrar um novo comprador no prazo de 12 meses.

Caso as regras para corte de custos na Fórmula 1 sejam aprovadas, a Honda F1 chegaria no fim da temporada com boa possibilidade ser repassada a um novo dono. Um deles poderia ser o bilionário Richard Branson, que controla o Virgin Group. Ainda de acordo com o Grand Prix, o "management buyout" segue como possibilidade mais forte para a Honda F1.

sábado, 21 de fevereiro de 2009

Depois de Roma, Madri revela sonho de receber corrida da Fórmula 1

Circuito de Jarama, próximo a Madri, já recebeu provas da F-1 entre os anos 60 e 80.

Depois de Roma, mais uma capital europeia revelou o sonho de sediar um Grande Prêmio da Fórmula 1. Segundo informações do diário Marca, a cidade de Madri tem um plano de construir um novo autódromo próximo ao aeroporto de Baraja para receber o GP da Espanha. De acordo com a reportagem, o projeto custaria cerca de 100 milhões de euros e, numa provisão otimista, seria finalizado em 2012.

O novo autódromo ficaria também perto do antigo circuito de Jarama, que recebeu nove GPs da Fórmula 1 entre os anos 60 e 80. Atualmente, Jarama é palco apenas de corridas de moto de categorias menores e não tem capacidade para sediar grandes eventos. Já na época em que recebia a F-1, o circuito era considerado apertado e pequeno demais. O último GP em Jarama foi realizado em 1981 e terminou com a vitória do canadense Gilles Villeneuve, da Ferrari.

No calendário atual da F-1, a Espanha já está presente com as provas de Barcelona e Valência. Para um porta-voz da cidade de Madri, poderia haver um revezamento com a "vontade política adequada". Se isso não acontecer, a capital espanhola vai precisar esperar até 2015 para receber a Fórmula 1, já que este é o ano em que acaba o contrato de Valência com a categoria. Por sua vez, Barcelona está garantida no calendário até 2016.

Escândalo de corrupção põe em risco GP de Valência

Uma denúncia de corrupção envolvendo o dirigente responsável pelo GP da Europa pode colocar em risco a realização da corrida nas ruas de Valência, marcada para o dia 23 de agosto. De acordo com a imprensa espanhola, o político Francisco Camps, presidente da instituição Generalitat Valenciana, foi acusado de receber US$ 40 mil do promotor de eventos Alvaro Perez. Nos últimos anos, Camps tem se empenhado em transformar Valência num polo turístico da Europa, tendo trazido o GP da F-1 e outros eventos como a tradicional regata America's Cup.

Por causa da denúncia, Camps corre risco de sofrer um processo de impeachment e ser destituído do cargo na Generalitat Valencia, o que poderia ameaçar a realização de todos os eventos que ele organiza, incluindo o GP da Europa. Além de Camps e do promotor Alvaro Perez, acusado de receber US$ 6 mi de maneira indevida, outras 37 pessoas foram indiciadas pelo juiz Baltasar Garzon. Em sua defesa, Camps alegou que a sua legenda, o Partido Popular, está sofrendo perseguição política e prometeu processar os acusadores.

CURIOSIDADE: Entendendo o Sistema de Recuperação de Energia Cinética

Principal novidade do regulamento técnico para este ano, o "KERS"(sistema de recuperação de energia cinética) vem sendo a grande dor de cabeça das equipes
nesta pré-temporada da F-1. Nesse vídeo, conheça o que é e como funciona o dispositivo:

Boa parte do grid estreará em Melbourne sem o equipamento com o qual o presidente da FIA pretende salvar o mundo. Afinal, em época de crise séria, por que razão a F-1 queimaria tanto dinheiro para desenvolver o tal sistema?

As respostas mais imediatas que vêm à mente tratam do apelo ecológico, pensamento que move boa parte das iniciativas empresariais preocupadas com o futuro do planeta. Junte-se a isso o dom natural da categoria em lançar às ruas de todo o mundo novidades úteis à sociedade. Sem contar a consequência nas pistas do calendário, que ampliam as possibilidades de ultrapassagem.

Mas até que ponto os motivos apontados lhe parecem convincentes?

CURIOSIDADE: O carro mais feio dos tempos modernos da F1

Williams-BMW FW26 de 2004

Qual é o carro mais feio da F1 moderna?
Muitos têm dito que são os monoblocos que virão no próximo ano, em 2009, especialmente o BMW-Sauber que fez a sua primeira aparição pública em Barcelona, em Novembro de 2008.
Eu não concordo. Eu acho que é este Williams-BMW FW26 de 2004. Por quê? Simplesmente porque na altura em que foi concebido, havia possibilidades de fazer um chassi com um designer mais agradável, o que hoje em dia não é possível devido às regras.
O que acho mais feio, tanto neste carro como no atual BMW-Sauber, é a asa dianteira. Os suportes da asa dianteira aparentam não ser mais do que uma continuação do nariz frontal, o que não acontecia com os monoblocos de 2004 nem acontecia com os do ano
passado. No FW26 isto ainda se notava mais, uma vez que, não só os suportes são uma continuação do nariz, mas continuam mais para a frente, o que, quanto a mim, o fazia ainda mais feio.

Abaixo vão mais fotos que eu considero os carros mais feios de toda F1:
Ensign N173

Shadow de 1975

Brabham BT34

Virgin impõe condições para comprar equipe Honda e ingressar na F-1


Richard Bronson, dono da empresa, exige melhor custo-benefício e investimento em combustíveis limpos para entrar na F-1 (Foto: Divulgação)

Apontada recentemente como a mais nova candidata a adquirir a Honda, a Virgin não negou as negociações para comprar a equipe, mas exigiu mudanças para investir na Fórmula 1. Em entrevista à rede BBC, o bilionário Richard Branson, que controla a empresa, explicou o que é preciso mudar para a Virgin entrar na categoria.

"Eu amo corridas. Se Bernie Ecclestone transformar a F-1 num negócio de maior custo-benefício e se ele garantir que os carros vão correr com combustíveis limpos, talvez a Virgin se interesse em fazer um investimento", disse Branson. Mais tarde, à rádio BBC, o empresário manteve o mesmo discurso: "Ainda há falhas que precisam ser corrigidas antes que nós possamos entrar na Fórmula 1", afirmou.

Richard Branson não negou que esteja em negociações para comprar a Honda e deu a entender que permanece conversando com os dirigentes da equipe. "Se estivéssemos negociando, eu não poderia revelar. Provavelmente haveria uma cláusula que me proibiria de falar abertamente sobre isso", declarou o dono da Virgin.

Futuro da Honda será resolvido nos próximos dias

A pouco mais de um mês do GP da Austrália, a Honda precisa definir seu futuro já nos próximos dias. De acordo com o chefe de equipe Ross Brawn, a equipe deve anunciar seus planos nesta segunda-feira . A diretoria da Honda no Japão vai se reunir na semana que vem para discutir os rumos da equipe e, caso não encontre nenhuma solução viável, vai fechar a escuderia.

Entretanto, ainda há a possibilidade de compra por parte da Virgin e também a chance de um "management buyout". Neste caso, os dirigentes Nick Fry e Ross Brawn receberiam dinheiro da Honda, de Bernie Ecclestone e de patrocinadores para assumir o controle da Honda. Eles ganhariam tempo para colocar o carro na pista e encontrar outro comprador até o fim da temporada.

MEMÓRIA: Relembrando o momento mais memorável da F-1 em Madri

De acordo com informações divulgadas nesta sexta-feira pelo jornal Marca, a cidade de Madri sonha em receber F-1 num futuro próximo . A corrida aconteceria num novo autódromo próximo a Jarama, que foi sede da categoria entre os anos 60 e 80 e palco da maior vitória de Gilles Villeneuve. Vale a pena relembrar o espetacular triunfo do canadense da Ferrari no GP da Espanha de 1981:

Patrocinador da Williams deixa escapar fotos da nova pintura da equipe

A equipe Williams apresentou seu novo carro no início de janeiro, mas ainda não havia revelado sua pintura para a temporada 2009. Durante o período de pré-temporada, a equipe vinha usando um modelo totalmente pintado de azul escuro. Neste sábado, porém, a nova aparência da Williams foi divulgada por um patrocinador do time. A equipe mantém o mesmo padrão dos últimos anos e continua com azul e branco como cores predominantes. Confira:

Para piloto de testes da Ferrari, BMW estará na briga pelo título deste ano


As novas regras da da Fórmula 1 prometem causar grandes surpresas na temporada 2009. Em entrevista ao jornal As, o piloto de testes da Ferrari, Marc Gené, foi o primeiro a arriscar previsões para o próximo campeonato da categoria. E, segundo o espanhol, Ferrari e McLaren não serão mais as únicas equipes a disputar o título.

"Nós fomos um pouco mais rápidos do que a BMW. Mas foi realmente pouco. Eles estão muito próximos de nós e Christian (Klien, piloto de testes da BMW) me contou que eles estão muito otimistas", afirmou Gené ao comentar a bateria de testes do Bahrein, que terminou na última quinta-feira.

Antes do início da pré-temporada, a expectativa era de que o novo regulamento aumentasse a distância entre as equipes. Mas, para Gené, a Fórmula 1 ficará ainda mais equilibrada. "Estamos satisfeitos com o nosso trabalho, mas o campeonato parece muito equilibrado. Além de Ferrari e BMW, também incluo McLaren e Renault entre as equipes que vão brigar pelo campeonato. Alonso foi muito rápido e não pode ser descartado".

Piloto diz que "décimos" separam equipes

Na entrevista ao jornal As, Marc Gené acrescentou que só será possível fazer previsões mais detalhadas a partir de março, quando recomeçam os testes de pré-temporada da Fórmula 1. O piloto espanhol ressaltou que a diferença entre as equipes é realmente pequena.

"Red Bull, Toyota e Williams também não estão longe assim. Temos sete equipes separadas por três ou quatro décimos apenas", encerrou.

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

Silverstone terá traçado novo


O site Pit Stop traz a informação de que a organização do tracional circuito de Silverstone gastará £ 5 milhões para ampliar as áreas de escape, adicionar arquibancadas. Além disso, promoverá uma considerável alteração no desenho da pista que receberá a MotoGP a partir de 2010.
"A curva Arrowhead é uma grande atração do novo traçado. O desenho vai facilitar as ultrapassagens e concentrar a atenção dos espectadores. A visibilidade será fantástica, especialmente para os torcedores que ficarem ao redor de Arrowhead. O novo traçado também vai permitir aos fãs que circulem pelo circuito mais facilmente e possam assistir às provas de vários pontos. Estamos fazendo um investimento significativo, mas vale a pena. Até agora, os pilotos têm aprovado os planos", comentou o diretor do circuito, Richard Phillips.

A curva Abbey, que é tomada para a esquerda, será direcionada para o lado contrário, levando os pilotos a disputarem a freada na nova curva Arrowhead, que apontará para um trecho de reta que fará a conexão com o traçado normal, finalizado a junção.
Isso significa que ninguém poderá tentar repetir a manobra de Barrichello sobre Ralf ou sobre Raikkonen em 2003, já que a curva passará a ser contornada para a direita.
O pontilhado azul indica a parte a ser removida.

Nem sempre é fácil engolir uma mudança de tal proporção num circuito tão tradicional, mas difícil mesmo é entender por que razão a organização do autódromo não foi capaz de apresentar um projeto conciso de semelhante porte a Bernie Ecclestone. Para quem está de fora, passa a impressão de que os diretores fizeram corpo mole com a F-1. Em contrapartida, a MotoGP receberá uma recepção à parte no ano de 2010.
Enquanto isso, a Fórmula 1 corre risco de perder o direito de correr em terras inglesas. Neste ano será realizada a última prova em Silverstone e Donington ainda é incógnita para o Mundial subsequente.

MEMÓRIA: Cenas raras do primeiro teste de Senna na Williams

Há exatos 15 anos, em fevereiro de 1994, Ayrton Senna realizava seus primeiros
treinos com o novo Williams FW14, carro este que ele usou em suas últimas corridas.
Os testes aconteceram no circuito do Estoril, em Portugal. Confira cenas raras daqueles ensaios.

Massa finaliza testes na dianteira


O brasileiro Felipe Massa, da Ferrari, encerrou as atividades da semana no circuito de Sakhir, no Bahrein, com o primeiro posto. Após completar 113 voltas nesta quinta-feira (19), o tempo de 1:32.162s representou o melhor de todos os giros em solo barenita.

Apesar de dominar os dois últimos dias, Massa deu entrevistas reclamando muito dos seguidos problemas que vem enfrentando com a F60. Hoje, um cabo solto atrapalhou seus ensaios. Lembrando que a falta de confiabilidade da F2008 foi uma das grandes responsáveis pela perda do título do tupiniquim no ano passado.

A BMW ficou em segundo, com Nick Heidfeld. A melhor volta do tedesco foi somente 0,093s pior que a de Massa, mostrando claramente que o time de Hinwill anda nos calcanhares dos italianos. O F1.09 foi o bólido que mais rodou nesta quinta: um total de 122 voltas, o que representa mais de 2 GPs do Bahrein completos.

Já pelos lados da Toyota, Timo Glock vivenciou um raro problema hidráulico em seu TF109. Desde o Algarve, quando quebrou seu motor, Timo não tinha uma sessão interrompida. Ainda assim, concluiu 65 voltas e não ficou distante de Massa (0,283s).

A jornada barenita acabou. Agora, esses times que por lá testaram durante quase duas semanas, voltarão às atividades somente no dia 1º de março, em Jerez de la Frontera, onde se juntarão as demais equipes do circo.

Confira os tempos:

1º. Felipe Massa (BRA/Ferrari), 1min32s162 (113 voltas)
2°. Nick Heidfeld (ALE/BMW Sauber), a 0s093 (122)
3°. Timo Glock (ALE/Toyota), a 0s283 (65)

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

MEMÓRIA: Cinco momentos memoráveis da carreira de Niki Lauda

No próximo domingo, dia 22, o tricampeão mundial Niki Lauda comemora 60 anos de idade. Para celebrar a data, vamos relembrar cinco dos momentos mais memoráveis do lendário piloto austríaco:

5. O primeiro triunfo após o retorno com a McLaren
Após anunciar a aposentadora de forma súbita em 1979, Lauda abandonou a Fórmula 1 para cuidar da sua companhia aérea, a Lauda Air. Entretanto, o austríaco não mostrou como empresário a mesma habilidade que tinha como piloto. Sem dinheiro, foi forçado a retornar à F-1 e aceitou uma proposta da equipe McLaren, recém-comprada pelo jovem e ambicioso Ron Dennis. As dúvidas sobre a capacidade de Lauda se dissiparam logo em sua segunda corrida, o GP de Long Beach, que o austríaco dominou e venceu quase de ponta a ponta:


4. A vitória com o Brabham "ventilador"
Em 1978, a Brabham estava em desvantagem em relação a Lotus e Ferrari. Para mudar o panorama, o genial engenheiro Gordon Murray projetou o Brabham BT46B, apelidado de "carro-ventilador" ou "fan car". O modelo tinha um exaustor abaixo do aerofólio traseiro que, além de cumprir sua função principal, também criava um fluxo de ar que colava o carro no chão e permitia mais velocidade em curva. Lauda correu com o BT46B apenas no GP da Suécia de 1978. O austríaco venceu a corrida e o carro foi declarado ilegal dias depois:


3. A perda do título em meio ao aguaceiro de Fuji
Depois de quase morrer num acidente no GP da Alemanha, Lauda estava determinado a não dar outra chance para o azar. Na finalíssima do campeonato de 1976, o GP do Japão, o austríaco tinha três pontos de vantagem para o inglês James Hunt. Mas chovia forte na hora da largada e Lauda não quis se arriscar. Na segunda volta, encostou o carro nos boxes e explicou: "A Ferrari me paga para correr, não para me jogar da janela". Hunt terminou em terceiro lugar e levou o título com um ponto de vantagem para Lauda:


2. O tricampeonato por meio ponto
Na mais apertada decisão de título da história, Lauda derrotou o companheiro de equipe Alain Prost por apenas meio ponto em 1984. A finalíssima do campeonato foi o GP de Portugal, no Estoril. Enquanto Prost disparava na liderança, Lauda fazia lenta corrida de recuperação. O austríaco só precisava terminar no segundo lugar, e foi isso o que ele fez. Com uma ultrapassagem sobre Ayrton Senna e contando com a quebra de Nigel Mansell, Lauda chegou à posição que precisava e foi tricampeão:


1. O acidente quase fatal em Nurburgring
Por mais vitórias que Lauda tenha tido na carreira, não há como negar que o acidente quase fatal no GP da Alemanha de 1976 foi o momento marcante da trajetória do austríaco. Com o carro em chamas, Lauda sofreu queimaduras fortíssimas e foi levado ao hospital em estado crítico, mas sobreviveu. Semanas depois, já estava de volta para terminar num bravíssimo quarto lugar no GP da Itália. A experiência quase fatal mudou a postura de Lauda, que nunca mais se arriscou além do necessário numa pista de corrida:

Glock supera Massa e lidera terceiro dia de treinos coletivos no Bahrein


O alemão Timo Glock comandou o terceiro dia de testes coletivos no Bahrein ao superar o vice-campeão mundial Felipe Massa em quatro décimos. Nesta quarta-feira, o piloto da Toyota completou 132 voltas e confirmou o bom ritmo da escuderia japonesa, que não enfrentou nenhum tipo de problema mecânico. Por sua vez, Massa sofreu duas quebras e perdeu bastante tempo de pista. Na sequencia, o alemão Nick Heidfeld e a BMW ficaram com a terceira e última posição.

Para Glock, o dia transcorreu de forma quase perfeita. "Foi mais um bom teste para nós. Não tivemos maiores problemas e trabalhamos bastante. A equipe se concentrou em encontrar um bom acerto e o programa correu bem. Não foi fácil pilotar hoje porque havia muito vento, que estava soprando de uma direção diferente de ontem, quando Jarno (Trulli) estava pilotando. Mas estou feliz porque encontramos algumas direções", disse Glock.

Na BMW, Nick Heidfeld testou diferentes soluções de acerto para o carro, fez simulações de largada e avaliou opções de pneu. Tudo correu bem pela manhã, mas Heidfeld estacionou o carro à tarde duas vezes por causa de problemas mecânicos. "Obviamente, isso nos custou tempo de pista. Mesmo assim, ainda cobri 444 quilômetros e fizemos bom progresso no desenvolvimento do carro. Ainda estamos aprendendo e já identificamos algumas áreas nas quais precisamos melhorar", afirmou o alemão.

Ferrari de Massa sofre duas quebras


O dia da Ferrari foi bastante conturbado. Pela manhã, Felipe Massa teve um problema de câmbio e perdeu cerca de duas horas nos boxes. Mais tarde, o brasileiro concluiu com sucesso uma série de simulações de corrida, mas voltou a experimentar dificuldades mecânicas quando saiu para uma última sessão de voltas. A Ferrari de Massa sofreu uma pane elétrica e precisou ser rebocada para os boxes. Apesar de todos os problemas, o diretor técnico da equipe italiana, Aldo Costa, ressaltou a evolução que a Ferrari teve ao longo da semana, especialmente com o Sistema de Recuperação de Energia Cinética (KERS).

"Estamos chegando ao fim da bateria de testes e os dias estão ficando mais intensos. Talvez a equipe ainda enfrente mais alguns problemas pela frente, como os que tivemos nos últimos dias e hoje pela manhã. Sobre o KERS, estamos satisfeitos com o que vimos até agora, embora ainda haja muito trabalho a ser feito. Aqui no Bahrein, usamos um pacote aerodinâmico básico, apenas com algumas pequenas melhorias. Só teremos o pacote completo nos testes de Jerez e Barcelona, quando vamos completar nossa preparação para o GP da Austrália", afirmou Costa.

Os testes no Bahrein terminam nesta quinta. Logo abaixo, os tempos desta quarta:

1. Timo Glock / Itália / Toyota, 1:32.492 (132)
2. Felipe Massa / Brasil / Ferrari, 1:32.917 (105)
3. Nick Heidfeld / Alemanha / BMW, 1:32.993 (82)

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

Ferrari de Massa volta a ter problemas em treinos do Barein


A Ferrari do piloto brasileiro Felipe Massa voltou a ter problemas durante os treinos que realiza com mais alguns pilotos no circuito de Sakhir, no Barein.

Após ter completado quatro voltas na pista de Barein, a Ferrari F60 de Massa teve que retornar a uma velocidade muito baixa para o boxe de sua equipe com um problema na caixa de câmbio do carro, o que lhe impediu de completar o trabalho previsto.

Massa completou o total de 31 voltas no circuito de Sakhir com o melhor tempo de 1min33s79, enquanto os alemães Timo Glock, da Toyota, e Nick Heidfeld, da BMW, completaram mais que o dobro de voltas para superar por milésimos de segundo o brasileiro.

Antes da parada obrigatória do meio-dia Glock completou 72 voltas e foi o mais rápido com um registro de 1min33s753, enquanto Heidfeld deu 64 voltas na pista de Barein e alcançou seu melhor tempo em 1min33s770.

Red Bull garante que Vettel está livre para negociar com equipes de ponta


Detentor do recorde de mais jovem ganhador de uma corrida da Fórmula 1, o alemão Sebastian Vettel já é visto por muitos como um futuro campeão mundial. Neste ano, após uma temporada e meia pela Toro Rosso, o piloto de 21 anos vai fazer sua estreia pela equipe Red Bull, que ainda não tem vitórias na F-1. De acordo com o dono da empresa de bebidas energéticas, Dietrich Mateschitz, a Red Bull não vai ser um obstáculo para Vettel caso o alemão receba uma proposta de um time grande no futuro próximo.

"Nós temos um contrato de dois anos com Sebastian. Mas, se a equipe não for capaz de dar a ele um carro que possa disputar vitórias, não vamos ficar no caminho dele rumo ao título", afirmou Mateschitz à revista Auto Motor und Sport. Apesar disso, o empresário ressaltou que espera um desempenho forte da Red Bull neste ano: "Estamos muito otimistas. Temos uma dupla de pilotos bastante forte e acredito que vamos diminuir a distância para os times de ponta. Não podemos ficar abaixo do quinto lugar entre as equipes".

Dietrich Mateschitz também revelou que tanto a Red Bull quanto a Toro Rosso devem começar a temporada sem o dispositivo KERS. "Não espero ver muitas equipes usando o KERS no próximo campeonato e não imagino nossas equipes com o dispositivo no início do ano. Ainda é muito cedo. Mas concordo com Max Mosley (presidente da FIA) quando ele insiste na introdução do KERS. A Fórmula 1 deve ser líder em tecnologia para carros de produção em massa. Acho que nossas equipes vão usar o KERS na segunda metade da temporada".

Empresário diz que equipes deveriam se unir para controlar F-1

Na entrevista à Auto Motor und Sport, Mateschitz também lançou a polêmica ideia de que as equipes deveriam se unir para controlar a F-1. "As equipes são aquelas que fazem a Fórmula 1 e que lidam com os riscos financeiros. São elas que têm não só o conhecimento necessário, mas também a paixão. Para mim, portanto, é lógica e moralmente aceitável que as equipes sejam as únicas donas da Fórmula 1".

Entretanto, o presidente da FIA, Max Mosley, discordou da visão de Mateschitz: "Não devo me envolver nisso, mas preciso sublinhar que a ideia de que a Fórmula 1 pertence às equipes é fantasiosa. Você não fica dono de um restaurante só porque janta nele toda noite. E nenhuma equipe 'jantou' todas as noitas na Fórmula 1, a não ser a Ferrari".

Em meio a crise, equipe Honda pode ser vendida por valor simbólico de R$ 3,30



Com a primeira prova do calendário desta temporada marcada para o dia 29 de março,
o tempo que a Honda tem para vender sua equipe e manter os 20 carros no grid da Fórmula 1 em 2009 está perto do final. De acordo com a BBC, o time pode ser vendido de forma simbólica por 1 libra, o equivalente a R$ 3,30.

Apesar da quantia irrisória, de acordo com a emissora britânica um eventual comprador deve garantir um investimento de R$ 133 milhões. Um dos interessados na compra da Honda é o Grupo Virgin. Um porta-voz da equipe confirmou a informação em entrevista à BBC.

"Estamos negociando com vários compradores e um deles é o Grupo Virgin", disse o membro da Honda. A equipe pretende usar motores Mercedes, mas a empresa alemã teria estabelecido um prazo e exigido uma comprovação da capacidade financeira do novo time. Desta forma, a compra precisa ser realizada nos próximos dias.

Os dois pilotos seriam o britânico Jenson Button e o brasileiro Bruno Senna. Alguns órgãos de imprensa chegaram a noticiar a assinatura do contrato entre o sobrinho do tricampeão mundial Ayrton Senna e o espólio da Honda, mas a assessoria do piloto desmentiu. Na última segunda-feira, ele viajou à Inglaterra para tratar do tema.

Uma decisão da Honda sobre o assunto é esperada até o final de fevereiro. A equipe foi colocada à venda no último mês de dezembro, após o anúncio do final de suas atividades na principal categoria do automobilismo mundial devido à crise econômica global.

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

Stock sonha com Rubinho, mas dirigente diz que não há negociações


A chegada da Rubens Barrichello seria uma excelente notícia para a Stock Car, mas não há nenhuma negociação concreta entre o veterano e alguma equipe da categoria. Ao menos, é isso o que afirma o organizador da Stock, Carlos Col. Apesar de reconhecer que a presença de Rubinho no grid seria ótima para o campeonato, Col admitiu que a possibilidade, por enquanto, não passa de um sonho.

"Faz algum tempo que o Rubinho menciona que um dia viria para a Stock Car. Para a categoria, seria excelente e fantástico tê-lo competindo conosco. A participação dele seria muito bem-vinda. Ele é um dos maiores pilotos da história do Brasil. Fez uma longa carreira na Fórmula 1 e é um piloto de muito alto nível. Competindo na Stock Car, só teria a somar e agregar", disse Col ao portal Terra.

Ao site Tazio, porém, o dirigente garantiu que não há negociações. "Só fiquei sabendo em termos de boatos. Não existe nada de oficial e o Rubinho, se tivesse negociando mesmo, eu saberia. A informação que me passaram é que esta negociação não existe", garantiu Col. Na semana passada, o site Grande Prêmio afirmou que o veterano estaria em conversas com a equipe Vogel , mas a informação não foi confirmada por nenhuma das partes.

Atual campeão também aprova chegada de Rubinho

Assim como Carlos Col, o atual campeão da Stock Car, Ricardo Maurício, também é favorável à presença de Rubinho no grid da categoria. "Para a Stock Car, seria excelente. A modalidade vem crescendo a cada ano e cresceria ainda mais com o Rubinho", disse Maurício ao site Terra. Após ganhar o título do ano passado pela WA Mattheis, o paranaense vai competir neste ano pela equipe Eurofarma RC ao lado do estreante Max Wilson.

Amigo de Rubinho, Wilson também apoia a chegada do veterano. "Não tem como explicar o quanto seria favorável para a categoria. Particularmente, sou muito amigo do Rubinho e gostaria bastante de dividir a pista com ele. Se acontecer, vai ser um presente para todos nós. Teria retorno de mídia, de exposição, de um monte de coisas. Por mais que a categoria esteja em uma situação que nunca esteve, ninguém imaginava ter um piloto do gabarito dele", encerrou.

Hamilton elogia novo carro da McLaren e garante: "Seremos competitivos"


Depois de se tornar no ano passado o campeão mais jovem da história da Fórmula 1, Lewis Hamilton inicia daqui a pouco mais de um mês a batalha para defender seu título mundial. Os primeiros testes do inglês com o novo carro da McLaren, que acontecerem no fim de janeiro em Portugal, foram atrapalhados pela chuva. Na semana passada, porém, Hamilton teve a oportunidade de completar muitas voltas com o MP4/24 em Jerez de la Frontera e saiu satisfeito.

"Infelizmente, o tempo em Portugal não correspondeu às nossas expectativas, mas conseguimos acumular quilometragem e completar parte do nosso programa. O teste na Espanha foi um pouco mais produtivo. Com temperaturas amenas e céu ensolarado, demos início ao processo de entender como o carro funciona e qual é o potencial dele. Minhas primeiras impressões são muito favoráveis. O carro é bastante confiável, parece sólido e não tem vícios. Acredito que seremos competitivos no GP da Austrália", disse Hamilton ao site oficial da F-1.

O atual campeão seguiu a linha dos adversários e afirmou que será complicado fazer previsões para este ano. "Todas as equipes querem saber como estão as rivais. É o mesmo a cada inverno. Mas há muitas incertezas neste ano e isso faz com que seja ainda mais difícil fazer previsões. Estamos trabalhando normalmente no desenvolvimento do novo carro, como todas as outras equipes. Queremos garantir que o modelo vai andar bem com pneus slicks e que o KERS seja confiável e operacional", afirmou.

Ao contrário de outras figuras da F-1, Hamilton se mostrou animado para correr com o dispositivo KERS. "Para ser honesto, você se acostuma logo a usar o botão do KERS. Já temos vários botões no volante e um ou dois a mais não faz muita diferença. É preciso aprender como e quando usar o KERS, em quais curvas ele traz mais benefício e onde você não deve apertar o botão. O desenvolvimento do KERS vai continuar ao longo da temporada e esta é uma área na qual as equipes ainda vão avançar muito. Eu gostei, é um elemento a mais para explorar no cockpit".

Inglês não está preocupado com mudanças na McLaren

Para 2009, a McLaren terá mudanças fora da pista. Pela primeira vez desde o início dos anos 80, a equipe não será comandada diretamente por Ron Dennis, que preferiu cumprir um papel mais afastado neste ano. Enquanto Dennis ficará concentrado na administração da McLaren, Martin Whitmarsh terá a função de acompanhar a escuderia em todas as corridas e tomar as principais decisões durante um fim de semana de GP. Segundo Hamilton, a troca entre Dennis e Whitmarsh será muito boa para o time prateado.

"Conheço Ron e Martin muito bem e tenho certeza de que essa mudança só nos trará benefícios. Isso vai permitir a Ron dar um passo atrás para gerenciar toda a equipe, enquanto Martin vai se envolver totalmente com o time de Fórmula 1. Mas não acho que haverá muitas mudanças, já que não há muito a mudar mesmo. Sei que várias pessoas vão observar Martin na Austrália, mas ele é muito profissional e bastante comprometido. Martin vai fazer um trabalho fantástico", declarou o inglês.

Por fim, Hamilton garantiu que o título do ano passado não vai mudar sua postura. "Parece que ganhei o campeonato há muito tempo. As coisas andam rápido na Fórmula 1, mesmo quando você não está na pista. Para ser honesto, ainda não me considero campeão. Acho que a ficha só vai cair quando eu chegar a Melbourne. Sei que o título tira um pouco do peso sobre os ombros, mas nem faz tanta diferença. Continuo em concentração para 2009, focando no meu preparo físico, trabalhando com o time e testando o carro. Estou mais comprometido do que nunca", encerrou.

Toyota completa 2.000 km e não enfrenta problemas


Das três equipes que foram à pista no Bahrein, apenas a Toyota não teve problemas nesta terça-feira. O italiano Jarno Trulli completou 149 e mostrou otimismo: "Este teste foi muito bom para nós. Cobrimos mais de 2.000 km em três dias e eu estou feliz com o carro. Ele parece competitivo e confiável. Começar assim nos dá uma base sólida para o resto da temporada. Ainda falta muito para o GP da Austrália e as equipes ainda podem evoluir bastante. Temos que continuar trabalhando duro. Até agora, tudo vem correndo bem", afirmou Trulli.

A BMW testou com o alemão Nick Heidfeld e teve um pequeno problema técnico pela manhã, quando um defeito elétrico acidentalmente acionou o sistema de extinção de incêndio. Mesmo assim, Heidfeld deu 104 giros e também gostou do avanço que a equipe fez. "Foi a primeira vez que pilotei o modelo F1.09 em condições amenas, então o mais importante para mim era aprender mais sobre o balanço do carro. No geral, foi um bom dia porque tentei vários acertos. Já me sinto feliz com a maneira como o carro está reagindo às mudanças".

Os testes no Bahrein continuam nesta quarta e terminam na próxima quinta. Logo abaixo, confira os tempos desta terça:

1. Kimi Raikkonen / Finlândia / Ferrari, 1:32.102 (107 voltas)
2. Jarno Trulli / Itália / Toyota, 1:32.230 (149)
3. Nick Heidfeld / Alemanha / BMW, 1:32.585 (104)

Mesmo com quebra, Raikkonen volta a comandar testes coletivos no Bahrein


A terça-feira de testes coletivos no Bahrein foi um dia bastante complicado para a Ferrari. O finlandês Kimi Raikkonen superou os adversários de Toyota e BMW para terminar como o mais rápido do dia, mas enfrentou problemas com o KERS e precisou ficar quase quatro horas parado nos boxes. O defeito no dispositivo eletrônico ocorreu por volta das 11h30 locais e forçou a Ferrari a fazer um conserto de emergência, que a equipe ainda não havia treinado.

Raikkonen só retornou à pista por volta de 15h20. Logo depois, dois cachorros invadiram o circuito e as atividades ficaram suspensas por mais alguns minutos, antes que os animais fossem recolhidos. Apesar de todos os contratempos, Raikkonen completou 107 voltas e finalizou no primeiro lugar, com um décimo de vantagem para o italiano Jarno Trulli e quase meio segundo de distância para o alemão Nick Heidfeld.

A Ferrari considerou o teste positivo porque a equipe foi capaz de treinar o que fazer em caso de emergência com o KERS. Por sua vez, Raikkonen também saiu satisfeito: "Até agora, a evolução do carro vinha correndo bem, embora a equipe estivesse se concentrando apenas em acerto e pneus. Hoje, tivemos um problema no sistema de refrigeração do KERS, mas essas coisas podem acontecer nos testes. Conseguimos completar muitas voltas e o carro todo melhorou durante os ensaios, mas ainda é cedo para previsões", disse Raikkonen.

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

MEMÓRIA: A 1º Vitória de Senna

Ayrton Senna venceu seu pimeiro grande prêmio pela Lotus, equipe pela qual Emerson Fittipaldi sagrou-se campeão em 1972. Nelson Piquet também correu pela equipe, que já estava em sua fase de decadência, culminando com seu fechamento em 1995.



Na Lotus, em 1985, ele tinha como parceiro o italiano Elio de Angelis. Senna marcou sua primeira pole position na abertura da temporada no Brasil, no circuito de Jacarepaguá, no Rio de Janeiro, mas abandonou a prova devido a problemas elétricos. Na segunda corrida do ano, o GP de Portugal, disputado no autódromo de Estoril, em 21 de abril de 1985, conseguiu sua primeira vitória na Fórmula 1, largando na pole position sob pesada chuva. Prost, em segundo, abandonou depois de bater no muro. Senna conseguiu sua segunda vitória, também sob chuva, no GP da Bélgica, no circuito de Spa-Francorchamps. Graças ao excelente motor Renault de treinos, Senna passaria a ser o "rei das pole positions". Mas, nas pistas, ele não terminou a maioria dos grandes prêmios. Encerraria o ano com uma corrida marcante no GP da Austrália, quando repetiu seu ídolo Gilles Villeneuve e pilotou um bom tempo sem o bico do carro, saindo várias vezes da pista mas mantendo a segunda posição. O carro mais uma vez não aguentou o esforço e Senna abandonou a corrida. Senna terminou a temporada de 1985 em quarto lugar no Campeonato Mundial de Pilotos, com 38 pontos e seis podiums (duas vitórias, dois segundos e dois terceiros lugares), além de sete pole positions.

Principal patrocinadora da Renault anuncia saída da F-1 no fim do ano


A equipe Renault sofreu um duro golpe nesta segunda-feira ao perder o apoio da seguradora ING. Desde 2007, a instituição holandesa era a principal patrocinadora da Renault e investia cerca de US$ 50 milhões por ano no time de Fernando Alonso e Nelsinho Piquet. Além disso, a ING também gastava outros US$ 50 mi com placas de publicidade e para ser a "title sponsor" dos GPs de Austrália, Turquia, Hungria e Bélgica. Nesta segunda, porém, a seguradora anunciou que vai retirar todo o investimento que faz na Fórmula 1 no fim deste ano.

"A ING confirma que não vai renovar seu contrato de três temporadas de patrocínio com a equipe Renault e que vai encerrar sua participação na Fórmula 1 após 2009. A entrada da ING na Fórmula 1 foi o primeiro projeto de promoção global da companhia. Nos últimos dois anos, a ING atingiu seus objetivos e aumentou seu valor em 16%. A Fórmula 1 permanece sendo uma poderosa arma de marketing mesmo num ambiente de economia instável", diz o comunicado distribuído nesta segunda-feira pela ING.

Antes mesmo de anunciar sua saída total, a seguradora já havia indicado interesse de deixar a Fórmula 1 ao cortar 40% do investimento previsto para este ano. Com a retirada da ING, a Renault terá um grande problema pela frente, já que a instituição era sua principal patrocinadora e "title sponsor".

Briatore garante que Renault tem "sólido futuro"

Apesar da retirada da ING, o chefe de equipe da Renault, Flavio Briatore, garantiu que a escuderia francesa ainda tem um "sólido futuro". Em comunicado distribuído logo após o anúncio da ING, Briatore assegurou que a Renault vai permanecer na Fórmula 1, mas pediu que a categoria leve à frente um plano de corte de custos.

"Já sabíamos há um bom tempo que a atual crise financeira pedia uma reestruturação do esporte e a Associação das Equipes da F-1 (Fota) está trabalhando nesse sentido. Cortes drásticos estão na pauta da Fota como uma de suas maiores prioridades. Se o programa for adotado, estamos confiantes de que vamos garantir um sólido futuro para a Renault e a Fórmula 1".

Em dia bom, encerra-se a semana de treinos.


Hoje encerrou-se a semana de treinos coletivos da Fórmula 1. Em Jerez de la Frontera, a STR confirmou a supremacia mostrada ao longo da semana (lembre-se: usando o modelo 2008). Em Sakhir, sem tempestades de areia, Kimi Raikkonen levou a Ferrari ao posto de carro mais rápido do dia.

Vamos detalhar os treinos em Jerez: na ponta, Sebastien Bourdais dominou o dia, mas ainda com o modelo 2008 (e sem as alterações aerodinâmicas que se utilizarão em 2009). O objetivo da equipe foi nítido: dar quilometragem aos jovens pilotos, especialmente a Sebastian Buemi (que pilotou na terça e na quarta-feira), recém contratado pelo time “B” da RBR.

Na segunda colocação, disputa acirrada entre dois “inimigos quase declarados”. Fernando Alonso e Lewis Hamilton disputaram até o fim, mas Hamilton foi 0,2s mais rápido que Alonso, que finalmente tirou a Renault da lanterninha.

Em quarto, Nico Rosberg, que assumiu o carro da Willians no fim da manhã, e logo em seguida, Mark Webber, que já havia treinado na quarta e hoje voltou a pilotar o carro da RBR. Webber ainda se recupera de uma lesão sofrida no fim do ano passado.

Kazuki Nakajima deu voltas no circuito espanhol mas não chegou a marcar tempo com a Willians, ele dedicou a manhã ao treino de pit-stop.

No Bahrein, a areia deu uma trégua e os carros voltaram à pista após praticamente 2 dias perdidos. Kimi Raikkonen foi o mais rápido do dia, menos de 0,1 s mais rápido que Jarno Trulli, que finalmente pilotou o carro da Toyota (e parece ter gostado). Christian Klien, piloto de testes da BMW ficou em terceiro, mas apenas 0,3s mais lento que Raikkonen.

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

Sem espaço na Fórmula 1, Rubinho pode se transferir para a Stock Car


Cada vez mais longe de conquistar um lugar no grid da Fórmula 1 em 2009, o veterano Rubens Barrichello pode se transferir para a Stock Car. De acordo com o site Grande Prêmio, Rubinho percebeu que está sem chances na F-1 e iniciou conversas com a equipe Vogel, uma das mais importantes da Stock. Segundo a reportagem, a Vogel não negocia com nenhum outro piloto enquanto a situação de Rubinho não estiver definida.

Se fechar contrato para correr na Stock, Rubinho levaria o patrocínio de três empresas: HSBC, LG e Caras, que já o apoiaram no Desafio das Estrelas de kart e nas 500 Milhas da Granja Viana do ano passado. Entretanto, o chefe de equipe Mauro Vogel negou estar negociando com o veterano. "Até temos contato com ele, mas não desta natureza", disse Vogel ao Grande Prêmio. Para 2009, a equipe tem apenas o paulista Thiago Camilo confirmado como titular.

A única chance que Rubinho tem de continuar na F-1 é através da Honda, se a equipe conseguir encontrar um comprador para correr neste ano. Mesmo se isso acontecer, o favorito para ganhar uma vaga é Bruno Senna, e não Rubinho. Nos últimos dias, o veterano disputou um torneio de golfe na Califórnia e se manteve distante da imprensa, sem dar declarações oficiais. A expectativa é que ele permaneça nos Estados Unidos por mais duas semanas, aproveitando um período de férias.