sexta-feira, 29 de maio de 2009

MEMÓRIA: O maior duelo nas ruas de Mônaco

Senna e Mansell protagonizaram o maior duelo da F1 nas ruas de Monte Carlo, vale a pena rever esse impressionante pega de tirar o fôlego.

Ayrton Senna é o maior recordista em vitórias nesse circuito de rua. O rei de Mônaco venceu lá em 87, 89, 90, 91, 92 e 93.

VÍDEO 01, Prelúdio:


VÍDEO 02, O Ataque:

segunda-feira, 25 de maio de 2009

Alain Prost critica briga política entre FIA e equipes, mas elogia Jenson Button

Prost: 'Não imagino nenhuma equipe fora da F-1'

A temporada 2009 da Fórmula 1 tem sido marcada por dois assuntos principais: o domínio de Jenson Button e da Brawn GP, dentro da pista, e a disputa da Federação Internacional de Automobilismo (FIA) com a Associação dos Times da Fórmula 1 (Fota), fora das pistas. Alain Prost, dono de quatro títulos mundiais, criticou, o tema a ser criticado, e exaltou o bom trabalho feito pelo líder da temporada.

- Não imagino nenhuma equipe fora da Fórmula 1. Como um aficionado, não sei os motivos pelos quais a situação está assim. Também não entendo a posição dos construtores, depois de tantos anos. Espero que este problema seja solucionado o quanto antes, e gostaria que a Fórmula 1 tenha uma maior estabilidade no regulamento – disse em entrevista ao jornal espanhol "As".

O ex-piloto francês elogiou muito a performance do atual líder do campeonato, que venceu cinco das seis provas deste ano.

- O que ele (Jenson Button) está fazendo é bastante respeitável. Jenson é um bom piloto. Temos de lembrar que a Brawn GP é a antiga equipe Honda, uma escuderia grande, e Ross Brawn venceu muitos títulos no passado (pela Ferrari). A imagem é apenas diferente (do que antes). Só isso – analisou.

Dirigente da Brawn GP ainda espera reação das equipes consideradas grandes

A Brawn GP vem dominando a atual temporada com extrema tranquilidade. Foram cinco vitórias e cinco pole positions em seis provas em 2009, todas com Jenson Button. A única derrota aconteceu no GP da China para a RBR de Sebastian Vettel. Mesmo com o retrospecto muito favorável e as grandes vantagens nos mundiais de pilotos e construtores, Nick Fry é cauteloso e acredita que os times que dominaram os últimos anos podem reagir a qualquer momento.

- Acredito que ainda estamos sendo realistas quanto a isso (a possibilidade de título para a equipe novata). Sabemos que a Ferrari, principalmente, parece estar reagindo com muita força. As próximas duas pistas são muito diferentes, com muitos trechos de alta velocidade. Acho que vai ser difícil manter o que estamos fazendo – analisou o dirigente para o site da revista “Autosport”.

Sobre a grande vantagem de 43,5 pontos sobre a RBR no mundial de construtores, Fry ficou contente pela equipe inglesa ter somado o maior número de pontos possíveis em Mônaco (18, dez de Button e oito com Rubens Barrichello), enquanto o time das bebidas energéticas somou apenas quatro pontos com o quinto lugar de Mark Webber.

- Foi um alívio que a RBR não marcou muitos pontos, como já fizeram em outras corridas. Estamos em uma posição, na qual temos mais do dobro dos pontos do nosso maior rival. E isto nos coloca em uma posição muito boa. O que esperamos é que vários times reajam para roubar pontos, não só da gente, mas de outras equipes também. Estamos com os dedos cruzados – afirmou.

domingo, 24 de maio de 2009

Button iguala feito de campeões como Schumacher

Na história da categoria, somente o piloto da Brawn, Juan Manuel Fangio, Jim Clark, Jackie Stewart, Nigel Mansell e Michael Schumacher conseguiram tal feito.

Em 1954, Fangio faturou seis das sete primeiras etapas. A sequência do argentino foi interrompida por vitória de José González em Silverstone, na Inglaterra, quinta prova. É importante dizer que a segunda etapa, em Indianápolis, não contou com a participação de Fangio e de seus colegas de equipes europeias. Embora fizesse parte do calendário, o GP era praticamente só de pilotos norte-americanos.

Clark fez quase o mesmo, venceu seis das sete etapas iniciais de 1965. A diferença, porém, foi que o escocês não disputou o GP de Mônaco, segunda corrida, pois estava em Indianápolis naquele fim de semana, e a vitória foi para Graham Hill.

Outro escocês, Stewart, foi derrotado na terceira prova de 1969, em Montecarlo, por Hill após duas vitórias. Mas, depois, venceu mais três corridas em seguida.

Em 1992, de novo um britânico, desta vez um inglês, Nigel Mansell, conquistou os cinco primeiros GPs e só veio a perder no sexto, em Mônaco, para Ayrton Senna.

Foi aí que veio Michael Schumacher. O alemão conseguiu cinco vitórias em seis corridas em 1994, 2002 e 2004. Quando obteve seu primeiro título, foi derrotado na quinta etapa, na Espanha, por Damon Hill, mas venceu depois os dois GPs seguintes. No ano do penta, seu irmão Ralf Schumacher levou a melhor na segunda prova, na Malásia. Quando foi hepta, exerceu enorme domínio e venceu 12 das 13 primeiras. Só perdeu na sexta, em Mônaco, para Jarno Trulli.

O ponto em comum é que todos eles foram campeões nos anos em que venceram cinco das seis primeiras etapas. Alguns estenderam o domínio, outros não, mas o título foi deles da mesma forma.

Apesar do pódio, Raikkonen dá um leve 'puxão de orelha' na Ferrari

A Ferrari está de volta ao pódio. O finlandês Kimi Raikkonen terminou o GP de Mônaco de Fórmula 1, neste domingo, na terceira colocação. Satisfeito com o resultado, o Homem de Gelo, contudo, não deixou de dar uma 'cutucada' no trabalho da equipe italiana durante a corrida. Segudo ele, ainda há muito o que evoluir.

- Não é algo legal de dizer, mas estávamos indo rápido e perdemos muito rendimento por causa dos pneus. Isso deveria ter sido previsto, não é? Nos pit stops perdemos muito tempo, e isso de certa forma prejudicou a mim e a Felipe (Massa). É um alerta para a equipe. São detalhes que podem decidir. Temos muito trabalho a fazer para tentarmos o primeiro lugar - disse Kimi, na coletiva oficial transmitida pelo SporTV.

Com o semblante sempre fechado, Raikkonen não se deixou contagiar pelo pódio. Para o finlandês, a terceira colocação foi boa, mas não a ideal. O piloto já adianta que a Ferrari irá estrear um novo pacote na próxima corrida, na Turquia, no dia 7 de junho.

- Acho que toda a equipe está trabalhando muito, pois precisamos desenvolver melhorias importantes no carro, que estava um pouco escorregadio. Estou satisfeito, mas não feliz. Conseguimos o terceiro e o quarto lugares (Felipe Massa ficou na quarta colocação). Isso é bom, mas queremos melhorar. Teremos um novo pacote na próxima corrida, que nos ajudará - completou.

Jenson Button vence GP de Mônaco; Barrichelo é o 2.º

O inglês Jenson Button mostrou mais uma vez que segue em grande momento na Fórmula 1. Neste domingo, ele venceu o GP de Mônaco, disputado no circuito de Montecarlo. Foi a quinta vitória do piloto da Brawn GP em seis corridas neste temporada. Rubens Barrichello chegou em segundo, seguido de Kimi Raikkonen e Felipe Massa, da Ferrari.

A vitória ampliou a vantagem do inglês na liderança do Mundial. Button soma agora 51 pontos, diante dos 35 de Barrichello. Sebastian Vettel é o terceiro da lista, com 23, enquanto Massa ocupa a décima posição, com oito, logo atrás de Lewis Hamilton, com nove.

Em mais uma boa apresentação, Button garantiu a vitória com certa tranquilidade neste domingo. Ele chegou a ter 16 segundos de vantagem sobre o segundo colocado, Rubens Barrichello. A situação final da prova, com as duas Ferraris atrás dos carros da Brawn GP, foi definida quando faltavam 20 voltas para o fim da corrida.

Button, com folga, e Barrichello ainda contaram com a lentidão da equipe italiana, que tinha problemas com os pneus macios. Massa chegou a registrar a melhor volta por duas vezes, mas não conseguia superar a limitação dos pneus e, como os demais pilotos, tinha dificuldade nas ultrapassagens.

Em uma delas, no início da prova, o piloto da Ferrari perdeu uma posição, ao tentar passar Sebastian Vettel, e foi ultrapassado por Nico Rosberg. Massa atravessou a chicane e precisou devolver a posição a Vettel, que deixaria a corrida em seguida, e não conseguiu evitar a passagem de Rosberg.

Barrichello manteve a perseguição à Button desde o início da prova, quando assumiu a segunda posição logo na largada, ao passar Kimi Raikkonen, que subiu no pódio pela primeira vez neste ano. O brasileiro tinha boa vantagem sobre os pilotos da Ferrari, mas não conseguia alcançar o ritmo do seu companheiro de equipe.

Outro brasileiro na disputa, Nelsinho Piquet não teve a mesma sorte dos seus compatriotas. Ele abandonou a prova na 14ª volta após ser atingido pelo suíço Sebastien Buemi, da Toro Rosso. O brasileiro até tentou seguir na corrida, mas acabou deixou a pista com a traseira danificada.

A decepção do dia, novamente, ficou por conta do inglês Lewis Hamilton. Largando em último, como punição por ter trocado o câmbio de sua McLaren, o atual campeão Mundial e da etapa de Mônaco terminou a prova em 12.º, à frente apenas de Jarno Trulli e Adrian Sutil.

A próxima etapa da Fórmula 1, a sétima da temporada, será disputada na Turquia, na cidade de Istambul, no dia 7 de junho.

sábado, 23 de maio de 2009

Hamilton troca câmbio e cai para último no grid

Não é mesmo o fim de semana de Lewis Hamilton. O vencedor do GP de Mônaco e campeão mundial em 2008 vai largar um último lugar neste domingo, depois que a equipe decidiu trocar o câmbio de seu carro, o que acarreta com a perda de cinco posição. Hamilton largaria em 16º lugar, depois de bater durante a primeira etapa do treino de classificação, e a equipe decidiu fazer a troca, já que o prejuízo não seria tão grande. Mas o piloto britânico admitiu, pela primeira vez no ano, que está fora da briga pelo bicampeonato mundial. "Não estamos brigando pelo título, mas para desenvolver o carro e conseguir quantos pontos for possível", reconheceu neste sábado. "Estamos muito atrás, e será difícil alcançar Jenson Button se ele mantiver essa constância", completou, citando seu compatriota, que lidera o Mundial com 41 pontos, e quatro vitórias nas cinco primeira corridas. Hamilton não descarta, contudo, chegar à zona de pontuação, entre os oito primeiros, numa corrida que costuma ser bastante acidentada. O uso do Kers - só a McLaren e a Ferrari terão o dispositivo - é um dos motivos de sua mínima confiança. "Espero que isso não ajude, o principal é que eu me mantenha longe de problemas", completou. Confira o grid atualizado do GP de Mônaco:

1.º - Jenson Button (ING/Brawn GP), 1min14s902
2.º - Kimi Raikkonen (FIN/Ferrari), 1min14s927
3.º - Rubens Barrichello (BRA/Brawn GP), 1min15s077
4.º - Sebastian Vettel (ALE/Red Bull), 1min15s271
5.º - Felipe Massa (BRA/Ferrari), 1min15s437
6.º - Nico Rosberg (ALE/Williams), 1min15s455
7.º - Heikki Kovalainen (FIN/McLaren), 1min15s516
8.º - Mark Webber (AUS/Red Bull), 1min15s653
9.º - Fernando Alonso (ESP/Renault), 1min16s009
10.º - Kazuki Nakajima (JAP/Williams), 1min17s344
11.º - Sebastien Buemi (SUI/Toro Rosso), 1min15s833
12.º - Nelson Piquet (BRA/Renault), 1min15s837
13.º - Giancarlo Fisichella (ITA/Force India), 1min16s146
14.º - Sebastien Bourdais (FRA/Toro Rosso), 1min16s281
15.º - Adrian Sutil (ALE/Force India), 1min16s545
16.º - Nick Heidfeld (ALE/BMW Sauber), 1min16s264
17.º - Robert Kubica (POL/BMW Sauber), 1min16s405
18.º - Jarno Trulli (ITA/Toyota), 1min16s548
19.º - Timo Glock (ALE/Toyota), 1min16s788
20.º - Lewis Hamilton (ING/McLaren), 1min16s264* *punido com a perda de cinco posições por trocar o câmbio.

Confira o Grid de largada GP de Mônaco

1 - Jenson Button (ING/Brawn-Mercedes) - 647,5 kg
2 - Kimi Raikkonen (FIN/Ferrari) - 644 kg
3 - Rubens Barrichello (BRA/Brawn-Mercedes) - 648 kg
4 - Sebastian Vettel (ALE/RBR-Renault) - 631,5 kg
5 - Felipe Massa (BRA/Ferrari) - 643,5 kg
6 - Nico Rosberg (ALE/Williams-Toyota) - 642 kg
7 - Heikki Kovalainen (FIN/McLaren-Mercedes) - 644 kg
8 - Mark Webber (AUS/RBR-Renault) - 646,5 kg
9 - Fernando Alonso (ESP/Renault) - 654 kg
10 - Kazuki Nakajima (JAP/Williams-Toyota) - 668 kg
11 - Sebastien Buemi (SUI/STR-Ferrari) - 670 kg
12 - Nelsinho Piquet (BRA/Renault) - 673,1 kg
13 - Giancarlo Fisichella (ITA/Force India-Mercedes) - 693 kg
14 - Sebastien Bourdais (FRA/STR-Ferrari) - 699,5 kg
15 - Adrian Sutil (ALE/Force India-Mercedes) - 670 kg
16 - Lewis Hamilton (ING/McLaren-Mercedes) - 645,5 kg
17 - Nick Heidfeld (ALE/BMW Sauber) - 680 kg
18 - Robert Kubica (POL/BMW Sauber) - 696 kg
19 - Jarno Trulli (ITA/Toyota) - 688,3 kg
20 - Timo Glock (ALE/Toyota) - 700,8 kg

Após erro no treino, Lewis Hamilton lamenta: 'Meu fim de semana acabou'

Lewis Hamilton, atual campeão mundial da Fórmula 1, admitiu que perdeu as chances de repetir a vitória do ano passado no GP de Mônaco. O inglês errou na primeira parte do treino classificatório (Q1) ao exagerar e bater com a roda traseira esquerda na barreira de pneus externa da curva Mirabeau.

O piloto da McLaren vai largar na 16ª posição neste domingo após danificar a suspensão traseira de seu carro.

- Meu fim de semana acabou, em termos de vitória. Realmente não sei no que estava pensando. Cometi um erro. Estava tudo dando certo no fim de semana - diz Hamilton à TV inglesa BBC.

No último treino livre, Hamilton sempre esteve entre os primeiros e terminou a sessão apenas 225 milésimos mais lento que Fernando Alonso, o mais rápido. Ele admitiu que estava desolado por decepcionar sua equipe.

- Peço desculpas à equipe por desperdiçar o tempo deles. Pelo menos o Heikki (Kovalainen) conseguiu um bom resultado. Vou tentar fazer o melhor e me recuperar na corrida. Foi dificil, mas você aprende com esses erros e eles acontecem. Foi uma falta de sorte acontecer no Q1, mas isso te faz crescer e ficar mais forte.

Button conquista a pole no Principado

Jenson Button admitiu que estava eufórico após conseguir a quarta pole position em seis corridas nesta temporada da Fórmula 1 no GP de Mônaco. O líder do campeonato superou Kimi Raikkonen, da Ferrari, por apenas 25 milésimos neste sábado em um circuito que a primeira posição é primordial na corrida, já que as ultrapassagens são quase impossíveis.

- Esta pole significa muito. Foi uma luta realmente apertada. Em todo o fim de semana venho lutando com Rubens (Barrichello) e ele definitivamente estava melhor do que eu. A McLaren e a Ferrari melhoraram, ainda tem a RBR. Está sendo um fim de semana divertido - diz Button, na entrevista coletiva oficial após o treino classificatório em Mônaco.

Button disse que o fim de semana não começou perfeito em Mônaco. No entanto, o inglês conseguiu a recuperação e aparece como favorito para outra vitória.

- Parece perfeito de fora, mas estava muito longe da primeira posição na quinta-feira e não sabia onde estávamos. Mas melhoramos muito ao longo do fim de semana, o que é a melhor coisa do carro deste ano. Você precisa aproveitar o momento, mas é estranho, porque é mais estressante do que você espera. Não será fácil, mas é difícil ultrapassar aqui.

sexta-feira, 22 de maio de 2009

Começo de campeonato complicado fortalece o britânico Lewis Hamilton

O desempenho de Lewis Hamilton nas duas primeiras temporadas na Fórmula 1 o elevaram a condição de estrela da categoria. O título do ano passado serviu para comprovar esta teoria, depois de dúvidas levantadas em virtude da perca do campeonato de 2007. O início da atual temporada foi complicado, mas o britânico garante que vê um lado bom.

- Você tenta aprender com essas experiências, carregá-las com você e tentar crescer. Eu conquistei um título mundial e ainda tenho muito orgulho de tê-lo conquistado. Estou tentando construir mais coisas em cima disso para continuar melhorando. Acredito que se tivesse o carro do ano passado eu estaria em uma boa posição – avaliou.

Logo na primeira etapa do mundial, na Austrália, Hamilton viu seu nome envolvido em mais um escândalo junto com a equipe prateada. O piloto e o então diretor-técnico, Dave Ryan, mentiram para os comissários de pista de Melbourne sobre uma ultrapassagem sofrida pelo campeão mundial por Jarno Trulli com o Safety Car na pista.

O britânico ocupa a sétima colocação no campeonato com nove pontos, 32 a menos que o líder da temporada Jenson Button.

Bernie Ecclestone: 'Estou preocupado, não quero que a Ferrari saia da Fórmula 1'

Bernie Ecclestone, chefão da Fórmula 1, admitiu que teme a perspectiva da Ferrari sair da categoria por causa da controvérsia sobre o teto orçamentário. O processo impetrado pela equipe italiana na Justiça francesa aumentou a possibilidade do time não se inscrever para a temporada 2010 antes da data final, dia 29 de maio, na próxima semana.

As conversas entre as equipes para achar uma via alternativa para o teto de £40 milhões (aproximadamente R$ 127 milhões) proposto pela Federação Internacional de Automobilismo (FIA) continuam. Ecclestone assumiu que não está confortável com esta situação.

- Estou preocupado, não quero que a Ferrari saia da Fórmula 1. Não acho que alguém queira - diz Ecclestone, em entrevista à imprensa inglesa.

Ecclestone duvida que as equipes consigam apresentar uma solução para o problema antes de 29 de maio e acha que a maioria das equipes não se inscreverá até a data-limite.

- Teremos de esperar e ver. Provavelmente, a maioria não se inscreverá.

Quando perguntado sobre o comentário da Ferrari de que a qualidade das equipes que entraria na categoria poderia mudar o nome de F-1 para Fórmula GP3, Ecclestone foi político.

- É uma opinião, não é? Já tivemos mais de 70 equipes desde que a Fórmula 1 começou. A única que foi mais consistente foi a Ferrari, que está aqui desde o início. Então, não queremos perdê-la.

Red Bull lança difusor duplo no GP de Mônaco

A RBR anunciou que vai usar o difusor duplo, grande novidade aerodinâmica da temporada, no GP de Mônaco. A equipe do projetista Adrian Newey trabalhou duro na fábrica da equipe, na cidade inglesa de Milton Keynes, e conseguiu adaptar a novidade ao RB5 para a corrida no principado.

A suspensão traseira do RB5 era o grande problema para a adaptação do novo difusor. Seria apertado para adaptar a peça, mas Adrian Newey confirmou que os dois pilotos usarão a novidade em Mônaco.

- Sim, temos o difusor duplo. Adaptamos a peça nos dois carros e veremos como eles se comportarão. Colocaremos sensores para tentar medir a pressão aerodinâmica ao redor do circuito e, ao final da primeira sessão, veremos o que fazer no restante do fim de semana. É arriscado colocar a peça nos dois carros, mas se tivermos um problema mecânico em um deles, não conseguiríamos avaliar. Por isso decidimos correr esse risco - diz Newey.

sexta-feira, 15 de maio de 2009

Hamilton desabafa sobre recentes polêmicas da McLaren

O inglês Lewis Hamilton, atual campeão do Mundial de Fórmula 1 pela McLaren, afirmou sentir-se como "um preso que não cometeu nenhum crime", ao comentar as acusações sobre mentiras e espionagem envolvendo ele e a equipe nos últimos meses.

"Tenho uma sensação similar à de qualquer pessoa que vai à prisão, mas sente que não deveria estar atrás das grades. Esta é a sensação que tive, embora sei que o que ocorreu na Austrália foi um erro", afirmou o piloto em entrevista publicada hoje pelo jornal "The Times".

A Federação Internacional de Automobilismo (FIA) puniu a McLaren com três corridas de suspensão pelas ordens dadas a Hamilton para que deixasse o italiano Jarno Trulli, da Toyota, ultrapassá-lo com o safety car na pista durante o Grande Prêmio da Austrália.

As gravações das conversas entre equipe e piloto demonstraram que as ordens realmente existiram, o que levou os comissários a eliminá-lo da corrida. Mais tarde, o conselho mundial da FIA decidiu suspender a punição, que só seria aplicada em caso de reincidência.

Este caso, unido ao da espionagem a Ferrari - pelo qual a McLaren teve que pagar uma multa milionária -, fez com que Hamilton mostrasse certa decepção pelo excesso de política na Fórmula 1.

"Quero ser um piloto. Não estou neste esporte para ser um político. Costumava aproveitar a F-1 e me tiraram parte disso. Nunca imaginei que haveria tanta política quando cheguei aqui. Foi um choque", destacou.

O campeão do mundo reconheceu que "esta é a forma como a F-1 funciona, por alguma razão", e disse sentir saudades das categorias inferiores, "onde todo mundo está apenas para correr e as equipes não têm outro interesse".

Hamilton assegurou que todos estes episódios fora das pistas não afetaram sua atitude nas pistas: "Não permitirei que nada afete minha forma de pilotar, mas isto afeta a vida, sua maneira de ser", apontou.

quarta-feira, 13 de maio de 2009

Mundo da Fórmula 1 não acredita que a Ferrari vá deixar categoria em 2010

A notícia de que a Ferrari pode não disputar a próxima temporada da Fórmula 1 abalou o mundo do automobilismo, mas não tanto. O dono dos direitos comerciais da categoria, Bernie Ecclestone; o presidente da Federação Internacional de Automobilismo (FIA), Max Mosley; o ex-chefe de equipe Eddie Jordan; e até mesmo os fãs da escuderia italiana não estão acreditando que a equipe mais tradicional do grid vá mesmo abandonar o campeonato.

- Eu não sou a pessoa mais indicada para falar de casamento, mas este é o casamento perfeito (entre a Ferrari e a Fórmula 1). Simples assim e isso não vai mudar. Espero que a Ferrari não decida sair (da categoria), tudo pode ser resolvido e todos ficarão felizes, mas não será fácil (chegar a este acordo) – disse Ecclestone, que está se divorciando da atual mulher Slavica com quem foi casado por 25 anos, ao site “F1 Live”.

Max Mosley ainda não se pronunciou oficialmente sobre o comunicado feito pelo time de Maranello na terça-feira, mas fontes próximas ao presidente da FIA disseram ao jornal inglês “Times” que o dirigente “recebeu a notícia sem muita surpresa”, pois a ameaça “já era esperada e não deve vir a se concretizar”.

O também britânico Eddie Jordan é outra pessoa do mundo da Fórmula 1 que não está certo de que a Ferrari vá deixar a categoria na próxima temporada.

- Meu palpite é de que a Ferrari nunca vai sair (da Fórmula 1) porque eles estão ligados a isto, eles estão absolutamente unidos ao “quadril” da Fórmula 1. É o único programa de marketing deles – afirmou à rede de TV “Sky News”.

O jornal italiano “Gazzetta dello Sport” colocou uma enquete em seu site perguntando aos internautas se eles acreditavam que a equipe vermelha realmente deixaria a categoria. Até o momento, 62,4% das pessoas acham que a Ferrari estará na Fórmula 1 em 2010. Já no site do periódico britânico “The Guardian” 49,6% dos leitores pensam que a categoria pode sobreviver sem a escuderia de Maranello.

Classificação do Mundial de Pilotos após 5 de 17 corridas:

Posição Piloto País Equipe Pontos
1 Jenson Button ING Brawn-Mercedes 41
2 Rubens Barrichello BRA Brawn-Mercedes 27
3 Sebastian Vettel ALE RBR-Renault 23
4 Mark Webber AUS RBR-Renault 15,5
5 Jarno Trulli ITA Toyota 14,5
6 Timo Glock ALE Toyota 12
7 Lewis Hamilton ING McLaren-Mercedes 9
8 Fernando Alonso ESP Renault 9
9 Nick Heidfeld ALE BMW Sauber 6
10 Nico Rosberg ALE Williams-Toyota 4,5
11 Heikki Kovalainen FIN McLaren-Mercedes 4
12 Felipe Massa BRA Ferrari 3
13 Kimi Raikkonen FIN Ferrari 3
14 Sebastien Buemi SUI STR-Ferrari 3
15 Sebastien Bourdais FRA STR-Ferrari 1
16 Adrian Sutil ALE Force India-Mercedes 0
17 Giancarlo Fisichella ITA Force India-Mercedes 0
18 Robert Kubica POL BMW Sauber 0
19 Nelsinho Piquet BRA Renault 0
20 Kazuki Nakajima JAP Williams-Toyota

Barrichello aceita explicações da Brawn, mas avisa: ‘Continuo de olho aberto’

Depois de afirmar que “penduraria as chuteiras” se notasse na Brawn GP alguma proteção ao companheiro Jenson Button, Rubens Barrichello recuou e afirmou nesta terça-feira que não há boicote na equipe. Ainda assim, o brasileiro escreveu em seu site oficial que vai continuar atento ao comportamento da equipe na temporada.

- Continuo de olho aberto e com a faca nos dentes – afirmou o piloto no texto publicado nesta terça.

Rubinho confirmou que teve uma conversa com Ross Brawn, mas alegou que o chefe da equipe ficou tão surpreso quanto ele sobre o erro na estratégia de parada nos boxes. Pelos testes nos simuladores, a equipe achou que as três paradas de Rubinho seriam melhores que as duas de Button. Na corrida, deu errado. O inglês foi o primeiro, e o brasileiro, o segundo.

- Ross Brawn me disse que ficou tão surpreso quanto eu quando viu que duas paradas tinham sido melhores que as três. Prometeu fazer uma revisão do simulador de corrida – informou.

Além de comentar a estratégia da equipe, Barrichello atacou seus críticos.

- Essa meia dúzia de pessoas maldosas que dizem entender de carro de corrida e fazem polêmica é que são o problema. Eu convidaria essas pessoas para um papo, para saber se realmente entendem de F-1. Será que elas sabem como se liga um F-1 ou qual é a pressão de pneu de um carro de F-1? – questionou o piloto.

segunda-feira, 11 de maio de 2009

Button pode ser comparado a ídolos como Schumacher e Senna?

O britânico Jenson Button venceu mais uma corrida e lidera com tranquilidade o Mundial de Fórmula 1 com a Brawn GP.

O começo esmagador de Button lembra outros campeões, como Ayrton Senna, Michael Schumacher e Nigel Mansell, que ganharam tudo no começo do ano e terminaram campeões.

O piloto da Brawn GP já pode ser colocado no mesmo patamar de Senna e Schumacher, ou ainda tem muito o que mostrar?- Pela última vez: Barrichello não foi sacaneado. Foi, sim, mais lento. Por que Ross Brawn privilegiaria Button em detrimento de Rubens? Para não permitir a aproximação do concorrente ao título? O segundo na tabela é o próprio brasileiro!

- Até para Vettel a luta pelo título está cada vez mais distante. Ao que tudo indica, a emoção ficará a cargo de uma reação de Rubens Barrichello. Não riam

- A temporada europeia chegou e, diferentemente do que eu pensava, a Brawn continua na frente. Com folga

- Apostei na reação da Ferrari e ela veio. Mas veio tarde e não combinada com a decadência das rivais, principalmente da Brawn

- Brawn, Red Bull e, quem diria, Ferrari tendem a ser as forças dominantes até o fim do ano

- Piquetzinho, quando parecia que ia, empacou de novo. Dizem que ele tem contrato assegurado até junho. A ver

- Massa está perdendo a paciência com a Ferrari. Seu contrato acaba no fim do ano que vem. Teria em algum momento o brasileiro pensado em arrumar as malas? Mercado ele tem.

Button impõe domínio de campeão

O domínio de Jenson Button no início desta temporada dificilmente não fará do inglês o campeão mundial de 2009. A história nos diz. Depois da corrida, lembrei dos inícios arrasadores de Ayrton Senna em 1991 e Michael Schumacher em 1994, quando ambos venceram as quatro primeiras provas da temporada. Fui pesquisar. Até 1950, ano em que a Fórmula 1 começou a ser disputada no formato que conhecemos hoje. Além dessas performances fantásticas, ainda temos os exemplos de Nigel Mansell em 1992 e do próprio Schumacher em 2004, com cinco vitórias seguidas nas primeiras provas daqueles campeonatos. Historicamente ainda aparecem os registros dos começos animados de Jim Clark em 1963 (não ganhou a primeira, mas levou as quatro seguintes) e Jackie Stewart em 1969, ano em que o escocês voador venceu cinco das seis primeiras. Todos, sem exceção, foram campeões mundiais.

Então Button já pode pegar a taça e levar para casa? Ainda não. A história nos ensina também que, se é importante começar com tudo, é tão fundamental quanto manter a média durante o ano. Principalmente nas últimas décadas, quando os campeonatos passaram a acumular facilmente mais de 15 GPs – em 1963, por exemplo, Clark nem precisava se preocupar muito com a regularidade num ano que teve 10 corridas e ele já tinha vencido quase 50% delas; o mesmo pode ser dito do desafio de Stewart em 1969, ano com 11 provas.

Nas últimas décadas, porém, não foi tão fácil assim – a exceção fica por conta de 1992, quando Nigel Mansell passeou com a Williams "de outro planeta", apelido dado ao carro por Senna. As temporadas de 1991 e 1994 avisam a Jenson Button que é bom não deitar sobre os louros da vitória antes do tempo.

Primeiro exemplo: apesar do início destruidor de Senna em 1991, Nigel Mansell reagiu e fez um miolo de campeonato muito mais regular que o de Ayrton, que chegou a ficar cinco provas sem vencer enquanto Mansell levou três delas. Depois disso, o que parecia um passeio rumo ao título virou tensão para o brasileiro no meio do ano. A taça veio com o erro do estabanado Nigel no GP do Japão, mas chegou mais difícil que o anunciado no começo da temporada.

Segundo exemplo: em 1994, Schumacher quase teve uma úlcera antes de levar o primeiro de seus sete títulos. O alemão viu a enorme vantagem que tinha para Damon Hill se esfacelar depois de duas desclassificações e uma suspensão de duas corridas. Acabou vencendo por um ponto de vantagem depois de errar, jogar o carro para cima do rival e tirar os dois da pista.

Resumindo: Button é, sim, favoritíssimo, mas deve ficar esperto. E que ninguém ache que ele já levou, afinal, até nomes como Senna e Schumacher passaram sufoco quando não esperavam mais incômodo.

Mas vamos tranquilizar um pouco Button, que pode estar lendo esta coluna. Jenson, apesar dessas histórias quase trágicas, a seu favor pensam dois fatores importantíssimos: diferentemente daqueles anos, quando o vencedor marcava 10 pontos e o segundo colocado levava para casa 6, desde 2003 as regras mudaram (justamente em função do domínio de Schumacher em 2002) e a tabela virou para 10, 8, 6, 5, 4, 3, 2, 1, premiando até o oitavo colocado e privilegiando a regularidade em detrimento das vitórias. Tudo o que você poderia querer. Só para ter ideia de sua vantagem: se Barrichello quiser assumir a ponta da tabela e chegar em segundo durante todas as provas a partir de agora, Rubens levará sete provas para alcançá-lo. Sete. Vettel levaria nove GPs, e Hamilton, seu último virtual candidato ao caneco, não conseguiria descontar os 32 pontos de diferença apenas tirando de dois em dois. O mesmo vale para Massa e Raikkonen. Portanto, relaxe e continue guiando assim que você chega lá. Não precisa agradecer o apoio. Só arrume umas entradinhas para mim e para os nobres leitores na festinha do título que fica tudo certo.

Confira a Classificação GP da Espanha

1. Jenson Button - BrawnGP, 1h37:19.202
2. Rubens Barrichello - BrawnGP, + 13.0 seg
3. Mark Webber - Red Bull, + 13.9
4. Sebastian Vettel - Red Bull, + 18.9
5. Fernando Alonso - Renault, + 43.1
6. Felipe Massa - Ferrari, + 50.8
7. Nick Heidfeld - BMW, + 52.3
8. Nico Rosberg - Williams, + 65.2
9. Lewis Hamilton - McLaren, + 1 volta
10. Timo Glock - Toyota, + 1 volta
11. Robert Kubica - BMW, + 1 volta
12. Nelsinho Piquet - Renault, + 1 volta
13. Kazuki Nakajima - Williams, + 1 volta
14. Giancarlo Fisichella - Force India, + 1 volta

Não completaram:
Kimi Räikkönen, Ferrari
Heikki Kövalainen, McLaren
Jarno Trulli, Toyota
Sebastien Buemi, Toro Rosso
Sebastien Bourdais, Toro Rosso
Adrian Sutil, Force India

domingo, 10 de maio de 2009

Jenson Button elogia Barrichello e comemora quarta vitória em 2009

O inglês Jenson Button é o nome da vez na Fórmula 1. O piloto da Brawn venceu, neste domingo, o GP da Espanha, e chegou a quatro triunfos em cinco corridas. Com um desempenho absolutamente fantástico na temporada 2009, Button já se distancia dos rivais na classificação do Mundial de Pilotos e começa a surgir como grande favorito ao título.

Feliz com o resultado em Barcelona, o inglês comentou a mudança de estratégia que valeu sua vitória e disse que, apesar do sucesso, a corrida foi muito difícil.

- Nós dois (Button e Barrichello) estávamos indo com essa direção de três paradas nos boxes, mas depois eles (equipe) me mudaram para duas paradas. Meu carro estava muito pesado, mas consegui ser o mais consistente possível. Com o safety car, você fica muito limitado, e havia muita sujeira na pista. Era muito difícil pensar em uma estratégia ali. Voltar à Europa e vencer em Barcelona me dá muita confiança para o restante da temporada - disse na coletiva transmitida pelo SporTV.

Button também não poupou elogios ao companheiro de equipe, o brasileiro Rubens Barrichello, que terminou a prova na segunda colocação e garantiu a dobradinha da Brawn. O acidente que ocasionou quatro abandonos (Trulli, Bourdais, Buemi e Sutil) na primeira volta também foi destacado pelo vencedor.

- Eu achei que meu começo foi bom, mas o Rubens simplesmente voou, e eu não pude fazer nada quanto a isso. Ele simplesmente me ultrapassou e mostrou o talento que ele possui. Quanto à batida, eu não vi nada. Só soube pelo rádio que estavam carros voando por todo o circuito, e houve a entrada do safety car - completou.

Largada também é marcada por acidente entre quatro carros

A largada não foi tranquila, apesar dos ponteiros terem passado sem problemas por ela. No trecho entre a segunda e a terceira curvas de Barcelona, um forte acidente, que envolveu quatro carros, provocou a única entrada do safety car durante o GP da Espanha.

Jarno Trulli acabou fora da pista para tentar evitar Nico Rosberg, mas rodou e voltou atravessado à pista. O italiano da Toyota foi colhido violentamente pela Force India de Adrian Sutil. Logo atrás, Sebastien Buemi tentou evitar o acidente, mas acabou acertado pelo companheiro de STR, o francês Sebastien Bourdais. Lewis Hamilton, da McLaren, assistiu à toda a confusão de "camarote" e evitou, com muita habilidade, os destroços da colisão.

O acidente causou um período de quatro voltas com o safety car na pista. Após a relargada, Felipe Massa, que ganhou a posição de Sebastian Vettel na largada, se manteve à frente, limitando o ritmo do alemão da RBR. Os dois pararam juntos durante a primeira rodada de pit stops, mas a Ferrari conseguiu manter o brasileiro em terceiro.

O segundo trecho da corrida teve o mesmo enredo, com apenas um personagem novo. Mark Webber, companheiro de Sebastian Vettel, se aproximou do duelo entre o alemão e Felipe Massa. O australiano parou mais tarde, enquanto os dois fizeram pit stops simultâneos novamente. Com o tempo ganho quando teve pista livre, ele ganhou as posições de Massa e Vettel e assegurou o terceiro lugar.

A quatro voltas do fim, Felipe Massa cedeu a posição para Sebastian Vettel. Graças a um erro da Ferrari no segundo pit stop, o brasileiro teve de economizar combustível para completar a corrida. Na última volta, ele foi superado por Fernando Alonso, quando já era o piloto mais lento da pista. O piloto da equipe italiana se arrastou até a linha de chegada na sexta posição e a gasolina acabou poucos metros após o fim da prova.

Largada excepcional de Barrichello não assegura vitória

A largada do GP da Espanha parecia apontar que a vitória iria parar em outras mãos neste domingo. Rubens Barrichello saiu melhor e ultrapassou Jenson Button por fora na primeira curva. Com uma volta a mais de combustível e indo para três paradas, parecia que o brasileiro iria ter tranquilidade rumo ao primeiro triunfo do ano. Ele só não contava com a mudança de estratégia do inglês, que decidiu fazer um pit stop a menos.

O brasileiro liderou com folga todo o primeiro trecho da corrida em Barcelona. Após a rodada inicial de pit stops, Barrichello voltou mais leve e cerca de oito segundos à frente de Jenson Button. Ele começou a andar rápido, fazendo voltas cada vez mais rápidas, já que teria de parar uma vez a mais que o inglês. Inclusive, terminou com a melhor da corrida, 1m22s762, registrada neste período da prova, na 28ª passagem.

No momento de seu segundo pit stop, Rubens Barrichello tinha quase 15 segundos de vantagem sobre Jenson Button e retornou à pista sete atrás do inglês. No entanto, o ritmo do brasileiro depois da parada não era mais o mesmo. Ele perdeu terreno e não conseguiu marcar os tempos que o permitiriam voltar da última entrada nos boxes na frente.

O brasileiro fez seu terceiro pit stop apenas uma volta depois de Jenson Button e não teve condições de recuperar a desvantagem. Barrichello terminou a corrida 13 segundos atrás do companheiro de equipe, que teve um último trecho tranquilo, sem ser ameaçado.

Com melhor estratégia, Button vence a quarta do ano no GP da Espanha

Com uma tática de uma parada a menos que Rubens Barrichello, Jenson Button venceu a quarta corrida na temporada 2009 no GP da Espanha. O inglês da Brawn GP mudou a estratégia no momento da primeira rodada de pit stops e fez um segundo trecho mais longo que os adversários. O brasileiro, seu companheiro de equipe, tentou andar rápido com os pneus macios, mas não abriu a vantagem necessária para continuar na frente.

Mark Webber, com uma boa tática de duas paradas, superou Felipe Massa e Sebastian Vettel, que estavam em terceiro e quarto desde a largada. O australiano da RBR ainda pressionou Rubens Barrichello no fim, mas se contentou com o último lugar do pódio em Barcelona. Felipe Massa, graças a um erro da Ferrari, que colocou menos gasolina, teve de segurar o ritmo no fim para conseguir completar a corrida e teve de ceder a quarta posição a Sebastian Vettel e a quinta a Fernando Alonso, que escapou do acidente que envolveu quatro carros na largada.

O alemão Nick Heidfeld, da BMW Sauber, chegou a pressionar o espanhol Alonso, mas acabou na sétima posição. Nico Rosberg, da Williams, completou a lista dos pilotos que chegaram na zona de pontuação, em oitavo. Em uma corrida discreta, Nelsinho Piquet, da Renault, foi apenas o 12º colocado, a uma volta do vencedor Jenson Button.

Com a quarta vitória em cinco corridas, Jenson Button ampliou sua vantagem sobre Rubens Barrichello para 14 pontos no campeonato. Com a quarta posição de Sebastian Vettel, o brasileiro aumentou a folga de um para quatro. A próxima corrida da temporada 2009 será disputada no dia 24 de maio, o tradicional GP de Mônaco, nas ruas do principado.

sábado, 9 de maio de 2009

Confira o Grid de Largada GP da Espanha

1 J. Button (ING) Brawn 1m20s527
2 S. Vettel (ALE) RBR 1m20s660
3 R. Barrichello (BRA) Brawn 1m20s762
4 F. Massa (BRA) Ferrari 1m20s934
5 M. Webber (AUS) RBR 1m21s049
6 T. Glock (ALE) Toyota 1m21s247
7 J. Trulli (ITA) Toyota 1m21s254
8 F. Alonso (ESP) Renault 1m21s392
9 N. Rosberg (ALE) Williams 1m22s558
10 R. Kubica (POL) BMW Sauber 1m22s685
11 K. Nakajima (JAP) Williams 1m20s531
12 N. Piquet (BRA) Renault 1m20s604
13 N. Heidfeld (ALE) BMW Sauber 1m20s676
14 L. Hamilton (ING) McLaren 1m20s805
15 S. Buemi (SUI) STR 1m21s067
16 K. Raikkonen (FIN) Ferrari 1m21s291
17 S. Bourdais (FRA) STR 1m21s300
18 H. Kovalainen (FIN) McLaren 1m21s675
19 A. Sutil (ALE) Force India 1m21s742
20 G. Fisichella (ITA) Force India 1m22s204

Raikkonen e Kovalainen caem fora ainda na primeira parte

A principal surpresa da primeira parte do treino classificatório (Q1) foi a eliminação de Kimi Raikkonen, da Ferrari, que vai largar apenas em 16º. O finlandês marcou seu tempo ainda no início da sessão e teve seu carro recolhido aos boxes da equipe italiana com apenas cinco voltas, o piloto que menos andou neste trecho. Após sair do cockpit, ele reclamou muito do time, que o teria deixado fora da pista durante muito tempo.

Heikki Kovalainen mostrou que a McLaren ainda precisa trabalhar muito para evoluir na temporada. O finlandês marcou apenas o 18º tempo, à frente apenas de Adrian Sutil e Giancarlo Fisichella, a dupla da Force India, que formará a última fila na corrida deste domingo. Sebastien Bourdais, da STR, superou o piloto da McLaren no fim da primeira parte e sai em 17º lugar.

Nelsinho Piquet conseguiu seu melhor treino classificatório do ano e ficou a menos de um décimo do companheiro Fernando Alonso na segunda parte do treino (Q2), com 1m20s604. O brasileiro da Renault acabou fora da superpole, mas conseguiu mostrar à equipe que consegue andar no ritmo do espanhol bicampeão. Ele vai largar na 12ª posição na corrida deste domingo em Barcelona.

Lewis Hamilton, atual campeão mundial, também não conseguiu vaga na superpole. O inglês, aliás, ficou bem longe disso, com a 14ª posição no grid de largada deste domingo. O desempenho dos pilotos da McLaren ficou muito aquém do esperado, após a reação nos últimos GPs, na China e no Bahrein.

Button voa no último minuto e tira a pole de Vettel no GP da Espanha

Com um tempo excepcional no último trecho de sua volta, Jenson Button marcou a pole position do GP da Espanha, que será disputado neste domingo. O inglês da Brawn GP abriu sua última volta a apenas um segundo do fim da superpole e tirou a primeira posição de Sebastian Vettel, da RBR, por apenas 133 milésimos. É a terceira vez que o líder do campeonato larga na posição de honra do grid nesta temporada.

Rubens Barrichello, que marcou o melhor tempo do fim de semana na segunda parte do treino (Q2), com 1m19s954, ficou com a terceira posição, após ser superado por Button e Vettel quando o cronômetro já estava zerado. Felipe Massa marcou o quarto tempo e completou a segunda fila brasileira no GP da Espanha.

segunda-feira, 4 de maio de 2009

A partir de 2010, campeão da Fórmula 1 será o piloto que vencer mais corridas

A controversa regra que dá o título de campeão mundial de Fórmula 1 ao piloto que vencer mais vezes foi oficializada para o campeonato de 2010. A Federação Internacional de Automobilismo (FIA) já havia tentado instituir o sistema no começo do ano, para a atual temporada, mas voltou atrás.

O artigo 6 do regulamento da próxima temporada estabelece que o título de pilotos “será atribuído ao corredor que tenha se classificado em primeiro lugar no maior número de corridas”.

Baseado no modelo olímpico defendido pelo chefe da categoria, Bernie Ecclestone, o novo código foi vetado, no começo da temporada, pela Associação de Times da Fórmula 1 (FOTA, em inglês). O dono dos direitos comerciais defende o esquema de medalhas, para definir o campeão, assim como acontece nos jogos olímpicos.

Desta maneira, se um piloto ganhar cinco corridas e não completar nenhuma outra etapa ganhará o título de um outro piloto que tiver vencido quatro vezes e tiver teminado em oito oportunidades no segundo lugar, por exemplo.

O campeonato de construtores continuará seguindo os padrões atuais, ou seja, a equipe que somar mais pontos ao longo da temporada será a campeã.

Na semana passada a FIA comunicou o fim do reabastecimento durante as corridas e a proibição definitiva de qualquer tipo de pré-aquecimento dos pneus, além do teto orçamentário de 40 milhões de libras (cerca de R$ 130 milhões), para 2010.

Rubens Barrichello diz que pode vencer Jenson Button

“Sou brasileiro e não desisto nunca”. O slogan usado pelo governo federal durante o primeiro mandato do presidente Luis Inácio Lula da Silva parece ser a frase inspiradora de Rubens Barrichello. O piloto da Brawn GP tem, em 2009, a grande chance da sua carreira, até hoje, para ser campeão, mas não tem conseguido superar seu companheiro de equipe, Jenson Button.

O inglês lidera a temporada com 31 pontos, 12 a mais que o ex-piloto da Ferrari. Esta desvantagem, porém, não assusta Barrichello. O brasileiro compara o automobilismo ao tênis e confia em seu potencial para tirar a vantagem do britânico.



- Corrida de carro não é como o tênis. Não é como se você estivesse no terceiro set, numa partida melhor de cinco, depois de ter perdido os dois primeiros por 6/0. Eu sei, pelos últimos três anos, que posso ser mais rápido que Jenson (Button) – afirmou à revista alemã "Auto Motor und Sport".

O atual vice-líder do mundial não vê esta como sua última temporada na Fórmula 1. O piloto da Brawn GP, que foi considerado aposentado por muitos ao fim do campeonato passado, assume que ainda pretende correr mais alguns anos.



- Quem sabe? Talvez eu pilote mais dois ou três anos. Na minha vida eu sempre pensei positivo e tenho certeza de que esta atitude foi o que me trouxe até onde cheguei – disse.

sábado, 2 de maio de 2009

Exposições lembram ídolo

Túmulo de SennaComo acontece todo dia 1 de maio, uma peregrinação de fãs é esperada no Cemitério do Morumbi, em São Paulo, onde Senna está enterrado. É uma forma de reverenciar o ídolo que tantas alegrias deu aos torcedores brasileiros durante as manhãs de domingo em que pilotava. Os fãs do piloto, que morreu aos 34 anos, também terão outras formas de relembrar o ídolo hoje. Em São Paulo acontecem duas exposições em homenagem a Senna, ambas apoiadas pelo Instituto Ayrton Senna, criado há 15 anos para "contribuir para a criação de condições e de oportunidades para que todas as crianças e adolescentes brasileiros possam desenvolver seu potencial como pessoas, cidadãos e futuros profissionais".

A exposição "Vitória" está alojada na galeria do Anhangabaú até o dia 15 de maio, com troféus, capacetes, kart, fotos e macacões do tricampeão, além da Lotus amarela pilotada por Senna na Fórmula 1. E a exposição "Arte para um Mito" está no Conjunto Nacional até o dia 30 de maio, com esculturas e pinturas de 50 artistas sobre o ídolo imortal das pistas.

Homenagem à Senna.

Quinze anos sem Senna

Ídolo da F-1 Entre títulos e recordes, piloto ganhou o coração dos fãs de velocidade

Ayrton Senna da Silva acumulou em sua carreira títulos no automobilismo, recordes nas pistas, fama e glória internacionais. Mas o prêmio que ele mais valorizava ainda se mantém vivo, 15 anos depois da trágica morte que o tirou de seus fãs no dia 1 de maio de 1994: o de ser um dos esportistas mais queridos do Brasil e de onde quer que existam torcedores da Fórmula 1.

Os brasileiros tiveram a chance de vibrar com os três campeonatos mundiais conquistados por Senna em 1988, 1990 e 1991; as 41 vitórias, as 65 poles, as seis vitórias em Mônaco e a inumerável coleção de manobras impossíveis. Na memória pesa com intensidade as voltas da vitória e a performance do piloto nos pódios, sempre exibindo a bandeira do Brasil. Entre 1985 e 1994, seguir pela TV as espetaculares manobras de Senna virou um ritual.

"Lembro-me do silêncio em Ímola naquele dia", revelou Stefano Domenicali, o principal diretor da Ferrari na atualidade, que estava naquela corrida 15 anos atrás. O ex-piloto John Watson contou que, certa vez, numa volta de classificação, foi cortado por Senna numa curva e o que viu jamais esquecerá. "Em plena curva, Ayrton estava freando, reduzindo a marcha, girando o volante, acelerando e mantendo a pressão do turbo. Parecia um polvo. Ver essa habilidade cerebral foi um privilégio."

LEMBRANÇA. Frank Williams ainda mantém nos carros de sua equipe Williams o "S" estilizado do nome Senna. "Nunca o esquecerei", afirmou o dirigente inglês, dono da escuderia por onde corria o brasileiro naquela fatídica temporada de 1994. Até mesmo o maior campeão da história se rende ao talento de Senna, com uma lembrança especial neste aniversário de 15 anos da morte do tricampeão da F-1. "Chorei porque igualei o piloto mais rápido que vi", explicou o já aposentado alemão Michael Schumacher, quando igualou o número de 41 vitórias de Senna.
CORTEJO

3 milhões de pessoas acompanharam o enterro de Senna

O legado de Senna - Parte 3

O legado de Senna - Parte 2

O legado de Senna - Parte 1

Há 15 anos, o Brasil e a Fórmula 1 perdiam Ayrton Senna

Ayrton Senna da Silva acumulou em sua carreira de títulos no automobilismo recordes nas pistas, fama e glória internacionais. Mas o prêmio que ele mais valorizava ainda se mantém vivo depois da trágica morte que o tirou de seus fãs no dia 1º de maio de 1994: o de ser um dos esportistas mais queridos de seus compatriotas.

Senna ou Ayrton, como todos o chamavam, foi depois do jogador de futebol Pelé, o maior ídolo do esporte brasileiro na História. Motivo de orgulho nacional, um fator de renascimento da autoestima do brasileiro.

Os brasilenos recordarão para sempre os três campeonatos mundiais de Fórmula 1 que ele venceu em 1988, 1990 e 1991; as 41 vitórias, as 65 "poles", as seis vitórias dele em Mônaco e a inumerável coleção de manobras impossíveis que tornaram o piloto famoso.

Ayrton era o "Rei da Chuva", por sua habilidade e estilo nas pistas molhadas, o "Rei de Mônaco", porque ninguém venceu mais GPs do que ele em Montecarlo, e o "Rei das pistas", por motivos que para os brasileiros sempre foram óbvios.

O que os brasileiros lembram com maior intensidade são as voltas da vitória e a performance do piloto nos pódios, sempre exibindo a bandeira do Brasil numa demonstração de orgulho de ser brasileiro em meio à elite do automobilismo mundial.

Entre 1985 e 1994, seguir pela TV as espetaculares manobras de Senna virou um ritual sagrado, um costume dos brasileiros, que a trágica morte do piloto transformou num vazio. Até agora ele não tem substituto. Possivelmente nunca terá.

Nascido num país que tinha dado ao mundo pilotos como Emerson Fittipali, Wilson Fittipaldi, José Carlos Paci e Nelson Piquet, Senna levou seu talento a ser considerado sem sombra de dúvidas um dos maiores pilotos da Formula 1 de todos os tiempos, comparado a heróis como Juan Manuel Fangio ou Jim Clark.

A extraordinária capacidade competitiva de Senna era uma soma de três fatores que raramente aparecem juntos: profundo conhecimento de mecânica e eletrônica, coragem fora do comum para arriscar tudo numa manobra, e tenacidade quase sobrenatural para superar dificuldades.

Os mecânicos que trabalharam com Senna dizem que as observações dele após poucas voltas eram tão precisas como as medições eletrônicas.

Segundo o ex-diretor de sua equipe, Peter Warr, "Senna era capaz de determinar em que ponto do circuito o carro dele gastava um decilitro de gasolina a mais. Nessa época, a Lotus de Senna tinha motor turbo, e esse controle era quase impossível de ser feito. Mas ele o fazia com precisão de relógio suíço".

O ex-piloto John Watson contou que, certa vez, numa volta de classificação, foi cortado por Senna numa curva, e o que viu jamais esquecerá.

"Nunca tinha visto alguém pilotar daquele jeito. Em plena curva, Ayrton estava freando, reduzindo a marcha, girando o volante, acelerando e mantenendo a pressão do turbo. Parecia um polvo. Ver essa habilidade cerebral de separar os componentes e juntá-los com essa coordenação foi um privilégio", contou.

Outro mecânico de Senna da escuderia McLaren disse que "Ayrton conseguir falar durante cada volta, narrando o comportamento do motor e a suspensão em cada instante, em cada curva". "E isso sobre uma corrida inteira, volta a volta".

Senna construiu sua glória em duelos inesquecíveis com um dos maiores pilotos da história da categoria, o francês Alain Prost, "O Professor".

Os dois correram na McLaren em 1988 e 1989. Ambos ganharam um campeonato mundial cada, mas ficou claro que a coexistência dos dois numa mesma equipe era impossível.

Prost se transferiu para a Ferrari em 1990 e Senna continuou os outros três anos na McLaren. Os duelos dos dois nas pistas certamente se incluem entre os mais emocionantes da categoria.

Em 94 parecia que Senna seria imbatível, já que assinara um contrato com a escuderia Williams. Mas os carros já não eram os mesmos de duas temporadas anteriores, o então jovem Michael Schumacher, a bordo de um Benetton, era um rival cada vez mais perigoso.

Nas três primeiras corridas de 94, Senna largou na pole position, mas não terminou nenhuma delas.

No dia primeiro de maio desse ano, na sétima volta do Grande Prêmio de San Marino, no circuito de Imola, o carro de Senna saiu da pista na fatídica curva Tamburello e se chocou contra um muro a mais de 250 quilômetros por hora.

Senna foi atendido na pista e trasladado de urgência para um hospital, mas uma peça da suspensão lhe havia despedaçado parte do crâneo. Os esforços para reanimá-lo foram inúteis. O automobilismo mundial perdia assim um campeão como poucos em sua história.

A chegada do corpo de Senna em sua cidade natal, São Paulo, foi emocionante, com mais de três milhões de pessoas acompanhando o cortejo fúnebre, recebido com honras de chefe de Estado.

Um anônimo admirador que aguardava a passagem do cortejo mostrou um cartaz que resumiu a tristeza reinante: "Ayrton morreu. Que faremos agora?".