terça-feira, 17 de março de 2009

CURIOSIDADE: O dia em que um chaveiro derrotou José Carlos Pace

No GP da África do Sul de 1975, um problema ridículo tirou a vitória de Moco (Foto: F1-Facts.com / sem crédito divulgado)

Algumas das histórias de azar mais bizarras que já aconteceram na Fórmula 1 tiveram o brasileiro José Carlos Pace como protagonista. Enquanto o compatriota Emerson Fittipaldi parecia primar pela sorte, "Moco" era o oposto. Já em seu primeiro ano na Fórmula 1, por exemplo, ele terminou em último no GP de Mônaco por causa de um problema inacreditável.

Naquela temporada, choveu como nunca antes havia acontecido no Principado. "Deveriam cancelar a corrida e promover uma regada", ironizou o bicampeão Graham Hill. Pois bem: Moco fez um treino razoável, largou no meio do grid e vinha fazendo corrida mediana até que simplesmente perdeu a viseira do capacete em meio ao dilúvio. O resultado foi desastroso e ele finalizou a prova oito voltas atrás do líder.

Mais incrível ainda aconteceria no GP da África do Sul de 1975, quando Moco já estava na equipe Brabham. Semanas antes da prova de Kyalami, ele havia vencido o GP do Brasil, em Interlagos, e se credenciava como um forte candidato à vitória. Nos treinos para o GP da África do Sul, Moco mantém um ritmo muito competitivo e marca a pole position com autoridade. Seria a primeira e única de toda a sua carreira.

Na largada, Moco segura a liderança e fica por aí até a terceira volta. Então, é facilmente ultrapassado pelo heroi local Jody Scheckter e logo vai perdendo várias posições. Por algum motivo, Moco chegava sempre ao fim da reta numa velocidade claramente reduzida, como se o motor estivesse com os giros reduzidos. Sem alternativa, Moco prossegue na corrida e termina num suado quarto lugar.

Já nos boxes, depois da prova, Moco e seus mecânicos tratam de investigar o que havia dado errado. E logo descobrem. O ridículo problema era um molho de chaves de mão que algum mecânico distraído simplesmente esquecera dentro do cockpit. O chaveiro ficou preso embaixo do acelerador e limitava o curso do pedal. Assim, Moco não conseguia pisar fundo em nenhum momento.

"Perdi para um chaveiro!", brincou Moco após a corrida. De fato, aquele não era o seu dia.

Nenhum comentário:

Postar um comentário